Prémio Camões 2021 está em Luanda para actividades culturais

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Paulina Chiziane é a escritora moçambicana vencedora do Prémio Camões 2021. Foto: DR
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A escritora moçambicana Paulina Chiziane, vencedora da edição 2021 do Prémio Camões, encontra-se, desde terça-feira, 22, em Luanda, para realizar actividades culturais em Angola, a convite do músico e compositor angolano Yuri da Cunha.

De acordo com o Jornal de Angola, a escritora pretende divulgar o seu projecto musical “Cantos de Esperança” e apresentar concertos musicais em Angola, estando agendados, para esta viagem, uma série de eventos culturais nas províncias de Luanda e Huambo, até ao dia 5 de Março.

Nesta deslocação ao país, Paulina Chiziane irá também realizar intercâmbio com artistas angolanos, bem como a divulgação do seu primeiro trabalho discográfico “Cantos de Esperança” e vídeo clipes.

A escritora moçambicana deseja igualmente proceder ao lançamento do seu projecto de espectáculos musicais duas vezes por ano, que vem trabalhando ao longo da sua vida, tendo feito o primeiro pré-lançamento no auditório da Rádio Moçambique.

A literatura marca esta presença pois tem na sua bagagem as últimas edições dos livros “Niketche”, “Balada de amor ao vento” e a sua mais recente obra “A voz do cárcere”.

A escritora traz consigo, para esta viagem, uma delegação artística composta por Eduardo Salmo, Firmina da Neta, Grande Homem, Helena Promise e Laricia Rita, alguns dos artistas que fazem parte do seu projecto musical e do primeiro álbum.

A iniciativa surge após a escritora ter recebido a visita do músico angolano Yuri da Cunha, na sua residência em Moçambique, no mês de Dezembro do ano passado, com o propósito de felicitar e homenagear a escritora, por ser a primeira mulher a conquistar o Prémio Camões e pelo grande trabalho que ela tem desenvolvido pela afirmação da tradição e resgate dos valores dos africanos e da África num todo.

Paulina Chiziane é a escritora moçambicana vencedora do Prémio Camões 2021 e é a primeira mulher a publicar um romance em Moçambique, em 1990, “Balada de Amor ao Vento”.

Da sua obra fazem ainda parte “Ventos do Apocalipse”, “O Alegre Canto da Perdiz” (2008), “As Andorinhas” (2009), “Na mão de Deus”, “Por Quem Vibram os Tambores do Além” (2013), “Ngo-ma Yethu: O Curandeiro e o Novo Testamento” (2015), “O Canto dos Escravos” (2017) e “O Curandeiro e o Novo Testamento” (2018). Este ano lançou em Maputo, em conjunto com Dionísio Bahule, o livro “A voz do Cárcere”, depois de ambos entrarem nas prisões e ouvirem os reclusos – ela a escutar as mulheres, ele, os homens.

Paulina Chiziane nasceu em Manjacaze, província de Gaza, no Sul de Moçambique, em 1955. Cresceu nos subúrbios de Maputo e durante a juventude fez parte da Frente de Libertação Nacional (Frelimo).

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