O escritor Luís Fernando reconheceu esta segunda-feira, 6, o contributo do escritor benguelense Dario de Melo na construção do seu trabalho literário.
De acordo com o jornalista, que tomou conhecimento da morte do seu colega através de uma mensagem de um amigo virtual, o passamento físico deste renomado intelectual angolano foi como um murro no seu estômago.
“Demasiado cedo para receber más notícias! O meu pensamento logo voou em direcção à Elizabeth, sua companheira de uma vida. Temi, uma vez mais, a morte. Abominei a sua rudeza”, escreveu na sua conta oficial da rede social Facebook, atribuindo-lhe o título de “gigante da intelectualidade”.
O também secretário do Presidente da República de Angola para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa, recordou a sua dívida a Dario de Melo pelo sucesso de uma das suas obras esgotadas.
“Recordo que devo a Dario de Melo a orientação certa para ter escrito o mais popular dos meus romances, ‘A Saúde do Morto’. Foi ele que leu a primeira versão do manuscrito, umas diminutas trinta páginas com as quais me contentava, quando me repreendeu: ‘então crias uma história fantástica como esta e a fazes assim tão curtinha? Homem, aumenta lá isto, que vai sair daqui um livro de grande sucesso. Nada de pressa!”, frisou Luís Fernando, sustentando que o tempo provou que Dario de Melo tinha razão.
Desde 2002 que, revela o escritor, o livro chega às prateleiras dos pontos de venda e só conhece um caminho: edição esgotada! “Vinte anos de um percurso vitorioso! Uma vitória que também pertence, pois claro, ao grande Mestre que agora nos deixa”, rematou.