“16 dias de activismo” é o nome da residência artística que reuniu criadores de várias províncias do país, encerrada nesta quarta-feira, 10, em Luanda, contando com artistas de múltiplas linguagens que reflectiram de forma aprofundada sobre a eliminação da violência contra a mulher.
A iniciativa do ResiliArt Angola, por intermédio do projecto social da American Schools of Angola, surgiu no âmbito da campanha “16 dias de activismo”.
De acordo com informações que tivemos acesso, o projecto foi inspirado nos debates realizados em várias províncias angolanas, no quadro do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher, através de um programa artístico que procurou transformar as trocas de ideias em narrativas visuais e performativas, que contribuam para o fortalecimento de uma cultura de paz e de resolução de conflitos.
A curadoria esteve a cargo de Hermenegildo Kindala e Dária Rosa, integrando participantes provenientes das províncias do Bengo, Benguela, Bié, Huambo, Uíge, Cuanza-Sul, Cuanza-Norte e Lunda-Norte, reforçando a diversidade cultural e a pluralidade de vozes que caracterizam o panorama artístico nacional. Cada artista abordou visões e vivências próprias, enriquecendo o diálogo criativo sobre o tema central.
O Jornal de Angola refere que a residência desenvolveu-se em torno de múltiplas formas de expressão, como pintura, escrita, fotografia, vídeo e performance. O processo criativo colectivo afirma-se como um gesto de empoderamento, permitindo aos artistas construir discursos visuais que defendem o direito das mulheres a viverem seguras, íntegras e plenamente livres, tanto em espaços físicos quanto digitais.
Neste ciclo, sustenta a organização, o movimento global dos “16 dias de activismo” colocou em destaque um desafio contemporâneo urgente, a erradicação da violência digital contra mulheres e meninas.
A residência artística procurou reflectir ainda sobre esta realidade emergente, convocando respostas estéticas que ampliem a consciência pública e estimulem novas formas de mobilização social.
O trabalho curatorial de Hermenegildo Kindala orientou-se pela intersecção entre arte, memória e justiça social, guiando os participantes na criação de obras que respondam à urgência de combater todas as formas de violência. Enquanto que a parceria com Dária Rosa reforçou o compromisso com narrativas sensíveis, inclusivas e profundamente enraizadas nas vivências das comunidades.




































