O antigo artista plástico, Albino da Conceição José, manifestou recentemente, em Luanda, que a falta de um curador tem impossibilitado o surgimento de vários jovens no cenário artístico. O desaparecimento de outros com talento em apresentar e divulgar os seus trabalhos foi outra preocupação avançada pelo artista.
Delgado Teixeira | Repórter
Falando em exclusivo ao Marimba Selutu, o antigo ministro da Juventude e Desportos sugeriu aos mais novos fazedores a serem curadores dos outros, a fim de resgatarem a vontade de representar os seus sentimentos e ideias, por intermédio da pintura.
“Um curador é importante, mas não é determinante para fazermos exposições, por isso, aconselho os jovens a serem curador uns dos outros, porque o curador tem de perceber e gostar de pintura”, sustentou Albino da Conceição José.
O autor de várias artes esclareceu ainda que, este método adotapdo pode não ter aquela categoria, mas serve para colmatar as dificuldades atravessadas por estes novos jovens fazedores desta arte, considerando que “um pode fazer a curadoria do seu amigo, não há nenhum problema, desde que perceba de arte”.
O nosso entrevistado encoraja os jovens a continuarem a fazer arte, apesar de reconhecer que tem sido cada vez mais difícil encontrar patrocínios para a realização das exposições artísticas.
O também antigo Administrador Municipal do Cazenga começou a pintar desde tenra idade, tendo exposto o seu primeiro quadro profissional “Anti Guerra”, aos 12 anos, através de de um trabalho desenvolvido enquanto estudante da antiga Escola João Criszoste actual Ngola Kiluange.
Com mais de 200 telas pintadas com realce para o “Retrato de Lênin”, exposto na Escola N’gola Kiluange, “Quedas de Kalandula”, “Bahia de Luanda”, “Serra da Leba”, “O Salalé Que Vai Nos Comer”, “Nada Iremos Levar”, “A Vaidade” e outros tantos temas de maior impacto para sociedade, o artista é membro da Sociedade de Artistas com exposições internacionais feitas em Portugal, Brasil, África do Sul e Dubai.
Para além da pintura, o artista tem dedicado o seu tempo nas artes cénicas como actor do grupo teatral “Muxima Yetu” desde 2022, no município do Cazenga.
O seu trabalho neste agrupamento cultural é de destaque e faz o personagem “Ngana”, na peça “A Filha do Ministro”, uma história que aborda o sequestro de uma das filhas de um ministro, crítica sobre aspectos sociais como intriga e burla.
Natural do Marçal, Albino da Conceição é formado em Pedagogia e nasceu no dia 15 de Novembro de 1963.