No âmbito da visita de Estado do Presidente da República da Itália a Angola, Sergio Mattarella, uma delegação chefiada pela Primeira-Dama da Itália, Laura Mattarella, esteve nesta quarta-feira, 6, no Palácio de Ferro para uma visita de constatação do património
No local, Laura Mattarella, que se fazia acompanhar da embaixatriz da Itália em Angola, Raffaella Tucci e outros membros do governo de Angola, aproveitou ouvir sobre os trabalhos realizados no Palácio de Ferro, instituição que se tornou, por reconhecimento da França, Património Nacional desde o dia 14 de Julho de 2017, em Luanda.
Segundo a coordenadora de Imagética da Fundação Sindika Dokolo, Cláudia Veiga, a instituição que faz parte gere o espaço desde o ano de 2015, altura em que começaram a realizar a Trienal de Luanda.
“Foi uma visita muito breve em que não pudemos falar muito daquilo que é o Palácio de Ferro como Património Nacional, mas aproveitamos explicar aquilo que a Fundação Sindika Dokolo tem feito ao longo destes anos e que em 2007, estivemos presentes na Bienal de Veneza e em 2009, na Bienal de Bordeaux, como primeiro Pavilhão africano a representar a Cultura de Angola”, frisou Cláudia Veiga, acrescentando que foi possível oferecer à Primeira-Dama, uma revista que aborda a participação de Angola em Veneza e um balanço da IIIª Trienal de Luanda, mostrando como um património foi adaptado para albergar mais de 3 mil eventos que deram oportunidade a mais de 270 mil participações de pessoas e mais de 3 mil artistas.
“Não sei se ela teve tempo de perceber mais sobre o nosso trabalho, mas esperamos que o tempo que fez aqui tenha sido suficiente para compreender aquilo que fazemos no Palácio de Ferro”, finalizou Cláudia Veiga.
Entre os membros da delegação chefiada pela Primeira-Dama da Itália, estavam membros da Embaixada de Itália em Angola e a sua embaixatriz, Raffaella Tucci, representantes do governo da Itália e do Ministério da Cultura de Angola.
O Palácio de Ferro acolheu a IIIª Trienal de Luanda que teve lugar de 1 de Novembro de 2015 a 31 de Agosto de 2017, contabilizando 578 dias de trabalhos de uma equipa de jovens, 85 semanas que totalizaram 2.638 eventos que beneficiaram 3.707 artistas angolanos e estrangeiros.
Entre os projectos desenvolvidos constam as oficinas culturais, concertos musicais, Festival de Teatro Angolano, Festival Zwá, Festival Weza Angola, Montra de Poesia, Amplo Movimento de Revitalização da Dança, Ciclo de Cinena, Exposição, Leitura Pública, Zwela Com, Oficinas Criativas e outras iniciativas que marcam o desenvolvimento da Cultura de Angola.