Depois de longos anos vetado pela sua crítica, o artista afirmou que o resgate, preservação e promoção da angolanidade são acções que devem contar os esforços os angolanos, independentemente da sua posição social.
Waldemar Bastos teceu estas considerações, no final de uma audiência concedida nesta quinta-feira, 17, pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, avançando que todos os angolanos devem estar imbuídos do espírito patriótico, promovendo, na sua esfera de acção, a Cultura angolana nas mais variadas modalidades.
“Estou disponível para trabalhar com o Ministério da Cultura no processo de internacionalização da identidade cultural angolana e os criadores angolanos, particularmente os músicos, têm a missão de, por meio das suas composições, levar Angola além fronteiras, dando, desta forma, aos estrangeiros a oportunidade de conhecer o país através da sua rica e variada cultura”, frisou o músico, acrescentando que tratar-se-á de uma acção que obriga a uma intervenção conjunta entre o Estado, no caso concreto o Ministério da Cultura, os agentes e criadores artísticos.
Por sua vez, a ministra Carolina Cerqueira, que acolheu com agrado a disponibilidade do artista em participar no processo de internacionalização da cultura angolana, afirmou que o Ministério da Cultura continuará a colaborar com os agentes culturais, artísticos e de espectáculos, bem como os próprios artistas de todas as disciplinas.
A responsável referiu que deverão fazer valer o seu próprio mérito e talento, iniciativas, esforços, vocação e capacidades e que poderão contar com o apoio institucional e a disponibilização de infra-estruturas que o Executivo espera, gradualmente, implementar, com os recursos disponíveis para a plena execução da actividade artística.
Carolina Cerqueira reiterou que, o país está a viver uma fase de crucial transição política e social e o Executivo tem necessidade da colaboração e apoio de todos os amantes da arte e da Cultura, reafirmou a disponibilidade do sector continuar a auscultação e o diálogo cultural a todos os níveis.
Durante a audiência, a ministra, para além de dar a conhecer ao artista os projectos do Executivo na vertente cultural, com grande destaque para o 2º aniversário da inclusão de Mbanza Kongo na lista do património mundial da Unesco, Festikongo e a Bienal da Paz de Luanda.
A ministra afirmou que, por se tratar de três actividades importantes no processo de internacionalização da cultura, será uma oportunidade única de comunhão e partilha cultural entre os artistas angolanos, da RDC, Congo Brazzaville e do Gabão, para mostrar a força da cultura do antigo Reino do Kongo.