O ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Jomo Fortunato defendeu na última sexta-feira, 15, a necessidade de criação de uma licenciatura em Estudos Angolanos, com incidência na reconstituição da história cultural angolana para se elevar a valorização e maior divulgação da identidade nacional.
O responsável que falava durante a inauguração, no Memorial António Agostinho Neto, em Luanda, da exposição “Henrique Abranches – Um traço angolano”, numa iniciativa do Goethe – Instituto Cultural alemão em Angola, em parceria com o Estúdio Olindomar, para lembrar os feitos do desenhador angolano, considerado o “pai” da banda desenhada nacional, disse haver “muito material disperso” sobre cultura, que precisa apenas da sistematização do ensino.
“Uma licenciatura em Estudos Angolanos seria uma mais-valia para investigar mais sobre a História de Angola, a literatura e as artes angolanas, assim como a História de África e as Línguas Nacionais”, frisou o político, sustentando que a maioria deste espólio cultural precisa de melhor tratamento.
Para o número um no super-ministério, a valorização da História evitaria que muitas pesquisas desaparecessem. “É importante, também, um maior reconhecimento de figuras que ajudaram a escrever a História do país, nos vários domínios”, frisou.
“Ir para frente, olhando para trás” é a base da tese fundamentada pelo ministro, para sustentar a necessidade de se melhorar os conteúdos académicos no ensino angolano.