A residir na cidade de Berlim, Alemanha, o escritor e artista angolano é autor do livro “Os brancos também sabem dançar”.
O Festival de Literatura e Língua Portuguesa Lisboa 5L elegeu a faceta multicultural da vida da cidade de Lisboa e pretende, ao lado das estrelas das artes, enquadrar uma ligação entre a periferia e a cidade.
Entre vários artistas europeus e africanos, o músico e escritor angolano Kalaf Epalanga foi um dos destaques na 5ª edição do Festival de Literatura e Língua Portuguesa Lisboa 5L, que decorreu de 4 à 7 do corrente mês, na Câmara Municipaç de Lisboa. A parceria celebra a língua, a literatura, os livros, as livrarias e a leitura.
Kalaf Epalanga é fundador da banda Buraka Som Sistema, premiada com o MTV Europe Music Awards por três anos seguidos na categoria Melhor Artista Português, Kalaf foi cronista de vários jornais e revistas europeus, marcando presença neste certame lisboeta.
O festival conta com uma programação diversificada e inclui debates, homenagens, mesas de autor, cinema, concertos, performances, teatro, oficinas, visitas guiadas, e um espaço dedicado a exploração das ligações afectivas, culturais e sociais, habitando-os aos diferentes territórios da cidade e que “a transformam nas muitas Lisboas”.
Durante quatro dias houve um conjunto de debates sobre o multilinguismo, a variação linguística e o nascimento de novas expressões artísticas em contextos multiculturais, com a participação de vários nomes do cenário cultural, como António Contador, Flávio Almada, Margarida Vale de Gato, Ana Naomi de Sousa, Rui Sousa Silva, Luís Sarmento, André Barata e Carlos Pereira.
A programação prevê também um conjunto de “Mesas de Autor”, com a presença de escritores nacionais e internacionais, entre os quais Jokha Alharthi, Taiye Selasi, Bruno Vieira Amaral, Susana Moreira Marques, Paulina Chiziane, Javier Cercas, Emicida, Gregorio Duvivier, Inês Fonseca Santos, Mélio Tinga ou Cláudia Lucas Chéu, que vão lançar “novos diálogos” inspirados na “efervescência cultural lisboeta e de outras metrópoles contemporâneas”.
O festival inclui ainda um ciclo de cinema – ‘Cinema-Cidade’ – integrado no Festival IndieLisboa 2023, com a exibição de filmes de realizadores nacionais e estrangeiros com “diferentes olhares e perspetivas sobre a realidade de um bairro e das suas comunidades”.