CCBA promove “Festival do Livro na Rua” em Luanda

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Centro Cultural Brasil Angola. Foto: DR
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O Centro Cultural do Brasil em Angola (CCBA) apresenta o “Festival do Livro na Rua” (Flir), no âmbito da Bienal de Luanda, desde terça-feira, 5 até o dia 10 do corrente mês. Os eventos estão a ser organizados de forma híbrida e nos formatos presenciais e online.

Originário da cidade brasileira de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, o Flir é um evento cultural com periodicidade anual e neste ano está a ser a sua terceira edição, numa parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte, a Câmara Mineira do Livro, o Sesc Minas Gerais e as livrarias locais de Angola.

De acordo com a nota de imprensa que chegada à redacção do Portal Marimba Selutu, a edição de 2021 está a ocorrer de forma simultânea nas cidades de Belo Horizonte, Luanda e Paris (nesse caso, em parceria com a sucursal da Aliança Francesa na capital mineira).

Durante o Festival, decorrem igualmente encontros virtuais entre escritores e pesquisadores do Brasil e de Angola, e actividades presenciais, com a participação de escritores, de editoras e das livrarias angolanas, convidadas para exporem e venderem os seus livros em estandes na histórica rua dos Mercadores.

O Festival vai apresentar também o grupo Leituras Assistidas, com a obra “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus, Clubes de Leitura, Exposição ReciclArte, show musical com a banda Etno N’Gola e leituras de textos da literatura infanto-juvenil, nas instalações do CCBA.

O documento faz ainda referência de que o Flir comporta oito painéis que contam com a presença confirmada de expoentes das artes, literatura, cultura e crítica contemporâneas, como Amélia da Lomba, José Luís Mendonça, João Fernando André, Cíntia Gonçalves, Agnela Barros, Jemima Kiala e Kanguimbu Ananaz, no lado angolano, e Conceição Evaristo, Tom Farias, Maria Valéria Rezende, Prisca Augustoni, Renato Negrão, Ana Elisa Ribeiro, Edimilson de Almeida Pereira, Nazareth Fonseca e Rogério Faria Tavares, no lado brasileiro.

Os debates serão realizados a partir de temáticas próprias da cultura contemporânea, como Literatura e Mulher, Diáspora Africana, a Permanência da Escravidão, Trânsito Literário, o Papel da Edição, Ancestralidade e Memória, Autoria Feminina, e especificamente sobre a vida e a obra da escritora homenageada.

Ao homenagear Carolina Maria de Jesus, o Flir destaca a participação feminina na literatura, voltada para o protagonismo da mulher na contemporaneidade e sua contribuição para uma cultura da paz. A ligação com o Flir brasileiro também coloca em debate a diáspora africana e seu contributo, pela literatura e pelo livro, para um diálogo entre as nações.

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