Apesar da fama de “terra da poeira” e do fraco investimento ao longo dos anos, jovens empreendedores do sector cultural abraçaram uma marca que quase desapareceu e estão a torná-la cada vez mais indelével.
Diferente de outras vezes em que visitei o Sumbe, a minha participação no FestiSumbe — Festival Internacional de Artes, Cultura, Turismo e Desporto —, organizado e gerido pela AF Entretenimento em parceria com a Administração Municipal do Sumbe, neste final de Maio de 2025, representou não apenas um despertar do potencial económico, turístico e cultural da região, mas também um reencontro com a minha ancestralidade, cujos cordões umbilicais estão profundamente enraizados no Kwanza Sul.
Mesmo sem que o jornalista e promotor cultural Adão Filipe, diretor-geral da AF Entretenimento, soubesse, sou filho desta nobre terra, que este ano foi baptizada como “Porta do Sul e Ponte para o Futuro”. E fui convidado como um dos preletores para abordar o tema da “Comunicação, Marketing e Atracção de Investimentos”, no I.º Fórum de Oportunidades e Negócios (FON).
A valorização do conhecimento científico nesta edição do FestiSumbe demonstra como a coordenação do evento tem inovado no formato, o que tem atraído não apenas empresas locais, mas também turistas nacionais e internacionais.
Não se tratou apenas de palestras — houve um verdadeiro intercâmbio de saberes, onde pudemos aprender com todas as comunicações dos prelectores, especialistas nas suas áreas de actuação e com acções concretas nas zonas em que operam.
Embora ninguém tenha se comunicado na língua Ngoya, o auditório Armando Fandamo Ndembo acolheu um evento com oito especialistas de várias áreas do saber, que abordaram temas como: “Experiências Empresariais no Sumbe: Desafios e Oportunidades”, “Turismo no Cuanza Sul: Construindo um Destino de Excelência”, “Comunicação, Marketing Territorial e Atração de Investimentos” e “Financiamento e Sustentabilidade dos Negócios Locais”.
Após as palavras de boas-vindas da administradora municipal do Sumbe, Maria Sumano, o discurso de abertura do governador Narciso Benedito e as breves considerações sobre o FON pelo director-geral do IPEA, Deodato Francisco, o evento seguiu com a participação de prelectores de várias regiões do país: Júlio Neto Adriano, Boaventura Simões, Gabriel Magalhães, Dorix Raimundo, Tia KA (Graciete Antas), Rogério Tomé, Guilherme Félix e Fernando Guelengue, autor do presente artigo.
Felicito a organização e produção do FestiSumbe, composta por Adão Filipe (Coordenação Geral e Produção Executiva), Idika Gregório (Coordenação de Produção e Comunicação), Paulo Tonet (Coordenação de Logística) e Bruno Ivo (Direcção Artística).
Gratidão com Resiliência&Fé!
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Jornalista, Pesquisador pela Associação Científica de Angola, especialista em Oratória de Alta Performance e Apresentações Poderosas, fundador da Agência de Comunicação COMUNIKA e CEO do Marimba Selutu – Portal de Notícias Culturais.