Campo de Tarrafal transformado em Museu da Resistência

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Entrada do campo do Tarrafal Liliana Henriques. Foto: DR
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O antigo campo de concentração da ditadura portuguesa no Tarrafal, Cabo Verde, conta a partir desta quarta-feira, 1, com um centro de documentação, na Internet (www.tarrafal-cdt.org).

De acordo com a imprensa internacional, a iniciativa surge no âmbito da evocação pela Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril, que se associou à celebração dos 50 anos da libertação dos presos políticos do Tarrafal, que se assinalam neste dia 1.

No âmbito do mesmo programa, foi também publicado o livro “Tarrafal-Presos Políticos e Sociais” e instalada uma nova exposição no antigo campo, hoje Museu da Resistência.

A comissão concebeu a exposição “Tarrafal, da repressão à liberdade”, para preservar a memória histórica da repressão que atingiu quase 600 presos políticos de Angola, Portugal , Guiné-Bissau e Cabo Verde.

Alfredo Caldeira, curador da iniciativa, descreveu o campo como o “símbolo mais significativo do sistema prisional da ditadura” portuguesa.

A exposição complementa os espaços e materiais expositivos que transformaram a antiga prisão no Museu da Resistência.

Desta forma, o espaço conta a partir desta quarta-feira, 1, com mais três espaços musealizados, recorrendo a materiais audiovisuais e fotográficos e a depoimentos sobre diferentes aspectos da vida prisional nas duas fases do Campo.

Durante a cerimónia especial de celebração da liberdade dos presos políticos, a mostra foi apreciada nesta quarta-feira, pelos chefes de Estado de Cabo Verde, Guiné-Bissau e Portugal.

“A mostra aborda questões essenciais como a violência, a censura, o trabalho forçado e os castigos e, também, a cultura, a instrução e a resistência dos presos”, lê-se no documento de apresentação da Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril.

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