Influenciado pelos ideais de justiça, a prisão de Rosa Parks, em 1955, foi a principal acção que notabilizou o pastor e um dos maiores ícones da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.
Com a sua história patente nos livros, murais, revistas, jornais, cinema e demais trabalhos artísticos, Martin Luther King Jr. é considerado um dos maiores ícones da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e no mundo.
Nascido aos 15 de Janeiro de 1929, em Atlanta, Geórgia, King foi filho de Martin Luther King Sr., um ministro batista influente, e de Alberta Williams King, Martin King Jr. cresceu numa época marcada pela segregação racial e pela injustiça contra os negros e foi educado num ambiente religioso e de forte compromisso com a justiça social.
A sua jornada em busca de igualdade começou logo após o término dos seus estudos académicos em Teologia.
De acordo com informações disponíveis nas suas biografias, em 1955, a luta de King alcançou um dos momentos mais marcantes da sua trajetória ao se tornar no líder de um dos maiores protestos na década de 50 ao efectuar um “boicote aos autocarros de Montgomery”, após a prisão de Rosa Parks, uma mulher negra.
A detenção de Rosa Parks resultou da recusa de ceder o seu lugar no autocarro a um homem branco, tendo o boicote liderado por Kink Jr. durado mais de um ano, transformando-se num marco na história dos direitos civis.
Inspirado por figuras como Mahatma Gandhi, King acreditava firmemente que a desobediência civil pacífica era a única maneira de alcançar mudanças duradouras e essa estratégica de luta não violenta na sua mensagem tornou-no na figura central do movimento.
FORMATOS DA LUTA
Os trabalhos levados a cabo pelo pastor e activista dos direitos humanos não se limitava apenas à luta contra a segregação, mas abrangia igualmente a defesa dos direitos humanos em todos os aspectos da sociedade, seja no trabalho, na educação ou na vida quotidiana.

Foi por estas acções que em 1963, o activista liderou a histórica Marcha sobre Washington, onde pronunciou o famoso discurso “I Have a Dream” (“Eu Tenho um Sonho”), no qual partilhou a sua visão de um futuro onde todos seriam tratados igualmente, independentemente da cor da sua pele.
As mensagens enraizadas nas suas palavras, carregadas de emoção e esperança, inspiraram milhões de pessoas e até hoje ecoam como um grito pela justiça social em todo o mundo.
Apesar de enfrentar constante hostilidade, ameaças de morte e uma sociedade profundamente dividida, King nunca abandonou os seus princípios de paz e amor ao próximo.
PRÉMIO NOBEL DA PAZ
Pela sua reconhecida coragem e incansável busca pela igualdade, Martin Luther King Jr. foi laureado com o Prémio Nobel da Paz em 1964, um reconhecimento mundial devido a sua luta em prol da liberdade e dos direitos civis nos Estados Unidos que influenciou o mundo.

Infelizmente, no dia 4 de Abril de 1968, Martin Luther King Jr. foi assassinado em Memphis, Tennessee, enquanto apoiava uma greve de trabalhadores da saúde.
A sua morte foi um golpe profundo para os Estados Unidos e para o mundo, mas o seu legado permanece mais vivo do que nunca, pois um dos rituais criado é que em todos os anos, o terceiro domingo de Janeiro, os americanos celebram o “Dia de Martin Luther King Jr.”, durante o qual lembram o homem que transformou a história e ensinou que a verdadeira liberdade só é conquistada quando todos são tratados com dignidade e respeito.
Martin Luther King Jr. não foi apenas um líder de uma luta pelos direitos civis, mas um verdadeiro exemplo de coragem, amor e determinação. O seu sonho, que parecia impossível na sua época, continua a ser uma inspiração para as gerações actuais e futuras, lembrando-nos de que a luta pela justiça nunca deve parar.