O dirigente apela para a necessidade de as administrações municipais e responsáveis dos grupos trabalharem no sentido de expressarem os verdadeiros valores, hábitos e costumes do Povo Bieno, através das canções, danças e indumentarias.
O vice-governador do Bié, Carlos Ulombe da Silva, manifestou-se, nesta segunda-feira, 28, no Cuito, contra as inovações apresentadas no Carnaval, considerando que os grupos carnavalescos estão a destruir a essência da maior manifestação cultural popular do país.
De acordo com o Angop, Carlos Ulombe da Silva, o qual falava à margem do encontro preparatório do Carnaval, que visou apresentar o regulamento geral desta manifestação, a maioria dos grupos aposta na introdução de aspectos considerados modernos, inovadores e que contextualizam o Carnaval, mas que nada têm a ver com a cultura e a identidade angolana.
O dirigente apela para a necessidade de as administrações municipais e responsáveis dos grupos trabalharem no sentido de expressarem os verdadeiros valores, hábitos e costumes do Povo Bieno, através das canções, danças e indumentarias.
O vice-governador antevê por um Carnaval que faça uma incursão do passado, defendendo o afastamento da importação de trajes, coreografias e melodias instrumentalizadas.
Alertou ainda para a necessidade das agremiações carnavalescas primarem pelo tradicionalismo, com vista a permitir o resgate dos valores morais, éticos e culturais da região.
Por sua vez, o chefe de departamento da Cultura no Bié, Isaac dos Santos, pediu aos grupos para recuperarem o cancioneiro popular, evitando músicas eletrónicas e outros ritmos que se distanciam da verdadeira essência do Carnaval.