O movimento de Hip Hop extremista Terceira Divisão manifestou nesta quinta-feira, 21, o seu desagrado à organização do concerto musical do rapper MCK, em Cacuaco, por ser ter sido exigido cantar músicas leves. O evento decorreu nesta quinta-feira, 21.
Em comunicado divulgado na página da rede social Facebook, o porta-voz do movimento extremista, Lwenapithekus Samussuku (Hitler) fez saber que o grupo musical não estaria presente no evento por várias razões. “Tomámos conhecimento por terceiros da intenção do MCK convidar o grupo para fazer parte do show. Aceitamos de bom grado”, frisou o rapper em nota, acrescentando que “a organização entrou em contactoconnosco alguns dias depois, pedindo de forma amigável para que [o] Terceira Divisão actuasse com músicas leves, ou seja, música sobre Hip Hop num espectáculo onde foram convidados os filhos da Ala Este, Fat Soldier, Movimento Mona Ngambé e outros. Apenas o Terceira Divisão foi advertido”.
Na qualidade de porta-voz do Terceira Divisão, Lwenapithekus Samussuku manifestou a sua indignação à organização nos seguintes termos: “nós não aceitamos ser submetidos à censura, aliás, sempre demonstrámos a nossa autenticidade no Movimento Hip Hop. Portanto, se quiserem ver o grupo no show, iremos actuar com as músicas da nossa conveniência. Entrei em contacto com o líder do grupo (Cheick Hata), apresentei-lhe a posição do realizador e aquela que eu tomei. [O] Hata concordou comigo e achou ser a correcta decisão”.
O movimento, tal como refere a nota, consultou igualmente o rapper Ikonoklasta (Mata-Frakuxz), um dos mais mediatizados pelo célebre Processo dos 15+2 e um dos amigos e apreciadores dos trabalhos do grupo, “[o] Luaty Beirão também achou a posição acertada”.