O politólogo angolano e um dos subscritores dos Observadores Eleitorais para Angola teceu estas declarações, nesta quarta-feira, 27, em Luanda, durante apresentação desta plataforma de observadores composta por membros da sociedade civil, activistas, sacerdotes, jornalistas e professores.
Falando em conferência de imprensa, Olívio N‘kilumbu realçou a importância do teatro para mobilização eleitoral que vai acontecer em Angola. “No âmbito da mobilização para o voto, por exemplo, ou para transparência eleitoral, o teatro é fundamental. Neste momento, o Observador de Imprensa está a trabalhar em peças de teatro que visam estimular os cidadãos a terem consciência sobre o processo eleitoral. Os eleitores têm de votar com consciência que parte da sua capacidade de observação e do conhecimento sobre o Processo [Eleitoral].”, sustentou o académico, acrescentado que quando o eleitorado não souber sobre o acto de votação, este “vai às escuras ao processo”.
O também analista político disse ainda que a responsabilidade de informar ou formar os cidadãos sobre o Processo Eleitoral seria do Estado Angolano e que o partido político que ganhasse com verdade eleitoral, as próximas Eleições Gerais, teria legitimidade para governar.
“A capacidade dos cidadãos votarem em consciência deve ser um processo de Estado. Quem governa deve criar as condições para que quando o cidadão votar, saberá o porquê que está a votar. São estes os elementos fundamentais para termos um processo transparente. Quando as Eleições são ganhas com integridade, verdade e justiça eleitoral pelo MPLA ou a UNITA, por exemplo, estes terão legitimidade para governar”, justificou o também professor universitário, interrogando-se depois: “Como é que alguém [partido MPLA] que ganhe com grandes margens, [tempo depois] há greves, manifestações ou comoção nacional [no País]?
Quanto à imprensa, Olívio N’kilumbu afirmou que os órgãos de comunicação social deviam estar ao serviço dos participantes do Processo Eleitoral. “A imprensa tem de estar ao serviço do processo e dos seus participantes como os partidos políticos, líderes concorrentes e a sociedade civil. Quando não se tem acesso à imprensa, há concorrentes que estarão em desvantagens, por exemplo.”, frisou o responsável.
A esta altura, Olívio N‘kilumbu considerou o destaque [na imprensa] se dá ao presidente João Lourenço, que está no Uíge; e os governadores lhe chamaram de Cda. João Lourenço. A imprensa, ao passar [esta imagem], estará a facilitar em 70 ou 50% a campanha do Presidente João Lourenço.”, rematou.
“No âmbito da mobilização para o voto, o teatro é fundamental”, Olívio N‘kilumbu
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