O 27 de Maio de 1977 – considerada a maior purga ideológica em África – é a nossa FERIDA QUE NUNCA SARA, é o capítulo mais triste da História d´Angola pôs independência.
A ambição desmedida e a cegueira pelo poder levaram a uma purga brutal que ceifou à vida de mais de 30.000 pessoas, de acordo com a Amnistia Internacional, mas segundo diferentes fontes e “Books” que li, os números variam entre os 70.000 até 80.000 e todos os dados são aceitáveis pois não existe uma informação oficial.
A verdade é que todo Angolano perdeu algum ente ou pessoa próxima directa ou indirectamente durante os dois anos que se seguiram a esse fatídico dia. Esse é o preço que se paga quando os homens colocam as ideologias político-partidárias acima d´um projecto de Nação inclusivo.
A história não se apaga nem se corrige, ela deve ser AVIVADA para aprendermos com ela e corrigirmos a nossa rota a fim de navegarmos rumo a algum porto seguro, ao invés de continuarmos à deriva num oceano de mentiras.
O mais triste é ver que mesmo depois de todas as mortes selectivas e desenfreadas que mancham essa data “Num” aprendemos nada, até hoje não percebemos que mesmo que se retire o título de país democrático e se assuma a ditadura na nossa constituição, será IMPOSSÍVEL construir uma Angola sem insatisfeitos, sem insurgentes, sem o contraditório e sem liberdade de expressão.
O 27 de Maio é um dia que requer a nossa PROFUNDA REFLEXÃO e pra curarmos essa ferida é urgente “Startar” um processo de reconciliação nacional SÉRIO, com a divulgação oficial do que realmente aconteceu, quantas pessoas se foram, considerar a data como feriado nacional, construir-se um memorial em homenagem póstuma, entregar as ossadas, certificados de óbito e fazer-se a compensação directa aos descendentes de todos os angolanos e amigos d´Angola que foram “Fuzilados” indiscriminadamente.
Só assim poderemos seguir em frente. Com medidas paliativas será impossível virarmos essa página. Fica aqui a sugestão desse filho da terra.
Tô Berrar Sempre!
#NzambyTatento.
#NósPorNós
DogMurrasAngolano2022