A galeria Nhô Damásio, do Centro Nacional de Arte Artesanato e Design (CNAD), em São Vicente, Cabo Verde, acolhe sexta edição da residência artística Catchupa Factory. Entre os profissionais constam 12 fotógrafos de Angola, Cabo Verde e Moçambique.
De acordo com Diogo Bento, da Associação Olho de Gente (AOJE), que promove a residência artística, o evento tem a duração de três semanas, durante as quais os participantes passam por um processo de criação artística, partilham a experiência e apresentam os resultados.
“É um processo de criação artística, em que os participantes trazem a experiência dos países e usam a cidade e ilha como um palco para a criação artística. No final, cada um desenvolve um projecto fotográfico que será apresentado”, afirmou o responsável à Inforpress, acrescentando que “cada edição é diferente porque cada participante traz o seu conhecimento, o que é um facto enriquecedor”.
Diogo Bento fez saber também que residência não termina com a apresentação dos resultados. “As várias edições desta residência artística possibilitaram a criação de um grupo, a que chamo de Catchupa Family, de cerca de 60 criadores envolvendo pessoas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), que continuam a colaborar em rede”, reforçou.
Um dos fotógrafos participantes é Jerónimo Félix, natural de Angola, declarando que a experiência tem sido boa porque cada um chega com uma percepção do seu país e se depara com uma realidade diferente.
“Percebi que tínhamos que estudar e conhecer melhor o meio, tendo em conta as informações passadas pela Catchupa Factory.
Catchupa Factory é um programa de incentivo à criação artística, em formato de residência artística, dirigido a “fotógrafos e artistas emergentes” dos PALOP.
Conta com o financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian e do programa Diversidade, que é um instrumento de subvenções para a diversidade cultural, cidadania e identidade no âmbito do projecto Procultura / PALOP-TL.