“Um quadro de pintura, normalmente, é elitista”, afirma Guilherme Mampuya

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Mampuya fala das dificuldades dos artistas plásticos em adquirir tintas, assim como dos projectos do seu atelier. Por outro lado, a empresária angolana, no ramos da decoração, abordou sobre o seu novo projecto para as instituições do País, o qual contará com Mampuya.

Guilherme da Silva (foto)

O artista plástico Guilherme Mampuya, fez estas declarações, em conferência de imprensa, neste sábado, 23, durante apresentação do atelier da empresa “Raízes Cruzadas”, que decorreu em Luanda.

Falando aos mais variados órgãos de comunicação, Guilherme Mampuya disse que tem diversificado o seu trabalho e que no País fala-se praticamente de importação de mão-de-obra, no qual há escassez de tinta acrílica. Ou seja, os artistas plásticos não pintam neste momento e para o fazerem, encontram muitas dificuldades.

“Temos de ver a questão do bolso [poder de compra dos clientes]. Um quadro de pintura, normalmente, é elitista. Mas, há pessoa com pouco dinheiro que quero ter uma peça de Guilherme Mampuya.”, fez saber, assegurando que o desafio actual do seu atelier é criar uma linha de roupa, com a estampa Guilherme Mampuya, para as pessoa com pouco poder de compra, cujos bolsos não podem pagar um quadro no valor de mais de 100 mil kwanzas.

Em relação ao projecto com a empresária angolana, Paula Tavares, o artista plástico afirmou que a relação de amizade entre ambos era de longa data. “Como podem ver [referindo-se aos jornalistas] ela está no artesanato e faço arte, há sempre aquela simbiose. Temos falado deste projecto que estamos a estruturar. Como ela [Paula Tavares] falou, está nos ‘segredos dos deuses’ e acho que será uma mais-valia para o País.”, declarou, sublinhando que a sua próxima técnica será pintar em cima de certos móveis do projecto da empresa ‘Raízes Cruzadas’.

Por sua vez, Paula Tavares realçou que a componente da empresa que dirige, Raízes Cruzadas, é de valorização dos quadros angolanos na área de fabrico de mobiliário de interior de espaços domésticos, bem como para espaços público, no caso de restauração de hotéis.

“Raízes Cruzadas tem como principal objectivo a divulgação de linhas de mobiliários que se estão a exportar neste momento para a Europa, portanto para outros mercados. A principal preocupação terá sido o momento económico do país e temos procurados mercados económicos diferentes que nos ajudem a trocar recursos naturais que não existem em Angola.”, explicou a empresária.

Paula Tavares acrescentou igualmente que Guilherme Mampuya é um pintor angolano com uma projecção internacional. “Ainda não temos um projecto com ele [Guilherme Mampuya], mas vai haver esta intenção, é uma surpresa.”, esclareceu, garantindo que iria convidar de novo os jornalista para estarem presentes numa exposição de nova peças, como móveis com carácter institucionais, feitos “integralmente” em Angola, com uma direcção específica e que gostaria de convidar o artista plástico para as pintar.

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