A cerimónia de entrega do prémio literário mais importante dos países de língua portuguesa acontecerá no âmbito da visita oficial do Presidente Lula da Silva a
Portugal
A cerimónia de entrega do Prémio Camões edição 2019 ao brasileiro Chico Buarque que foi vai acontecer no dia 24 de Abril, no Palácio de Queluz, em Portugal, num evento que vai contar com a presença dos Presidentes Marcelo Rebelo de Sousa (Portugal) e Lula da Silva (Brasil).
A informação foi avançada pelo Ministério da Cultura Português e apenas agora será realizada devdevido o efeito da mundial Pandemia da COVID-19.
O acto de entrega do Prémio Camões 2019 tinha sido marcado e escolhido para 25 de Abril de 2020, sob sugestão do cantor brasileiro que compôs a música “Tanto Mar” em homenagem à Revolução dos Cravos.
O valor total do Prémio Camões é de 100 mil euros e para o júri, a maior distinção literária de língua portuguesa, a escolha de Chico Buarque deveu-se à sua contribuição para a formação cultural de diferentes gerações, e o carácter multifacetado do seu trabalho, da poesia, ao teatro e ao romance, estabelecendo-se como referência fundamental da cultura do mundo contemporâneo.
Francisco Buarque Holanda ou simplesmente Chico Buarque, é autor dos livros “Estorvo”, “Benjamim”, “Budapeste” e “Leite Derramado”.
É o 13º autor brasileiro a receber o prémio que vai na 31ª edição. Entre outros, receberam o prémio João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e Lygia Fagundes Telles.
Portugal é o segundo país com mais vencedores, entre os quais Miguel Torga (1989), Vergílio Ferreira (1992), José Saramago (1995) e Sophia de Mello Breyner Andresen (1999).
Nos países africanos de expressão portuguesa, foram vencedores os moçambicanos José Craveirinha e Mia Couto, angolanos Pepetela e Luandino Vieira (que recusou receber) e os cabo-verdianos Arménio Vieira e Germano Almeida.
O Prémio Camões de literatura em língua portuguesa foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988, com o objetivo de distinguir um autor “cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento do património literário e cultural da língua comum”.