O jornalista e CEO do Marimba Selutu – Portal de Notícias Culturais apresentou algumas soluções sobre a melhoria do jornalismo comunitário nas comunidades angolanas, neste domingo, 11, no distrito do Zango 4, município de Viana, em Luanda.
Falando aos estudantes do Instituto Superior Deolinda Rodrigues, o jornalista começou a homenagear os jornalistas Aguiar dos Santos (ex-director do Semanário Agora), Salgueiro Vicente (ex-jornalista da Rádio Ecclésia), Elias Fernandes (ex-jornalista da Rádio Despertar), Alberto Chakussanga (ex-jornalista da Rádio Despertar) e o seu falecido pai Pinto Guelengue.
“Estas são aquelas figuras importantes que marcaram a minha geração, estiveram na minha profissão e jamais serão esquecidos durante a minha passagem neste mundo”, frisou Fernando Guelengue, acrescentando que há sempre motivo de eternizar aquelas figuras importantes que são, muitas das vezes, esquecidos pela fabricação do sistema político e cultural de Angola.
O também autor do livro “Pobreza: O Epicentro da Exploração das Crianças em Angola – entre a escravização e a polémica”, editado e lançado em 2014, em São Paulo, Brasil, sustentou durante o 1º Seminário sobre Consciência Académica que há uma crise no jornalismo comunitário causada pela falta de apoios das organizações não-governamentais internacionais, ausência de cultura de doações nas comunidades, quebra de espírito de solidariedade interpessoal e outras.
Entre as saídas para melhor denúncias dos problemas que afligem as comunidades angolanas, Guelengue apresentou o jornalismo cidadão e as redes sociais como novos modelos que jornalismo que adaptam-se mais com essa dinâmica. “É só vermos o que aconteceu com o jornalista Chen Qiushi, da China, durante a Pandemia da COVID-19 e percebemos o real impacto do jornalismo comunitário nas actuais comunidades de Angola”, fez saber, sustentando a necessidade dos académicos olharem mais para as comunidades como forma de dar sentido ao perfil de estudioso e elevar a consciência académica.