O comportamento governativo, as fases vividas após a independência de Angola e a mais recente devastação humana causada pela Pandemia da COVID-19 são alguns das várias narrativas do livro.
O escritor e jornalista angolano José Luís Mendonça vai lançar na próxima sexta-feira, 30, em Luanda, o seu mais recente trabalho literário.
Trata-se do livro “As Metamorfoses do Elefante”, uma efabulação da história da Angola pós-colonial, desde a independência até aos dias presentes da grande pandemia que, neste romance curto, adquire o título jocoso de Surriso (surto de riso).
De acordo com a nota de imprensa que tivemos acesso, este Elefante representa o poder com rostos diferentes, mas com o mesmo sentido autista da governação, num país africano moldado pela vendeta do 27 de Maio de 1977, cuja herança maior é repressão política.
O documento da Mayamba Editora refere que a trama da narrativa gira em torno dos sete sonhos de um dos personagens, sonhos esses que revelaram, ainda antes da independência, um futuro de horrores e que o seu irmão, acabado de regressar do exílio da luta de libertação, nunca pôde acreditar: a criação de um Estado predador, com elites diametralmente opostas e dissociadas dos governados, com um sistema de governo afastado do ideário do Movimento de Libertação.
Uma fábula sobre o maior paradoxo das independências africanas: a distopia do nacionalismo.
PERFIL DO AUTOR
José Luís Mendonça nasceu a 24 de Novembro de 1955, no Golungo-Alto, na província do Cuanza-Norte.
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, tem vindo a exercer, também, o jornalismo nas colunas de diversos jornais angolanos.