Para além da intenção de promover a cidade de M’banza Kongo como palco de referência cultural nacional e regional, realçando os hábitos, usos e costumes da região Kongo, o festival juntará agentes culturais dos países do espaço Kongo (Angola, RDC, Congo Brazzaville e Gabão), entre outros convidados.
Iniciaram os preparativos para a realização, nos dias 5, 6, 7 e 8 de Julho do corrente ano, na capital do Património da Humanidade, M’banza Kongo, a Iª edição do Festival Internacional de Cultura e Artes, “Festi-Kongo”.
A informação foi avançada pela secretária de Estado da Cultura, Maria da Piedade de Jesus, que chefia desde quinta-feira, 21, uma visita de trabalho com uma equipa técnica preparatória do seu Ministério da Cultura e de elementos das autoridades locais.
De acordo com a Angop, o evento é uma das exigências da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) aquando da inscrição de Mbanza Kongo na lista do Património Mundial, que ocorreu na cidade de Cracóvia (Polónia) a 08 de Julho de 2017.
Falando no encontro com membros do governo local, orientado pelo governador, Pedro Makita Armando Júlia, a secretária de estado avançou, que o objectivos deste evento cultural, é a promoção de M’banza Kongo como palco de referência cultural nacional e regional, realçando os hábitos, usos e costumes da região Kongo.
“Promover o talento criativo e artístico dos músicos, artistas plásticos, criadores de moda, da gastronomia, entre outros fazedores da cultura figura também entre os propósitos”, avançou Maria de Jesus.
Durante o certame será realizado um workshop que abordará três temas, cujo primeiro será a “reflexão sobre a implementação da Convenção de 1995 referente aos bens culturais roubados ou ilicitamente exportados”.
O segundo tema vai reflectir sobre a “livre circulação de obras de artesanato” que, segundo a secretária de estado, surge para acautelar possível saída ilegal de bens culturais produzidos no país, com a abertura que se pretende com a realização periódica do Festi-Kongo.
O terceiro tema vai abordar sobre “a celebração dos 400 anos sobre escravatura”, sugerido pela UNESCO, a nível da União Africana, que Maria da Piedade Jesus considerou pertinente pelo facto do Reino do Kongo ter sido a região de África mais afectada pelo tráfico negreiro.
O programa das actividades em torno do Festi-Kongo, sugerido às autoridades governamentais do Zaire pelo Ministério da Cultura, reserva manifestações culturais ao longo do mês de Julho próximo, para assinalar também o 2º aniversário da inscrição de Mbanza Kongo à Património da Humanidade.
No leque constam, igualmente, uma exposição sobre o património documental do Reino do Kongo, espectáculos musicais com artistas dos países participantes, entre outras manifestações culturais. A secretária de Estado da Cultura, que regressa neste sábado a Luanda, visitou vários locais e sítios históricos desta cidade em companhia do governador, Pedro Makita Armando Júlia.