Depois de acolher a primeira edição em 2022, o Largo Dr. António Agostinho Neto, na cidade do Dundo, província da Lunda Norte, volta a ser o palco do Festival de Música e Dança Tradicional “Ngeya”, que arranca nesta sexta-feira, 22 e decorre até Sábado, 23 do corrente mês.
Enquadrado nas comemorações dos 50 anos da independência nacional, o evento afirma-se como a maior manifestação cultural do Leste de Angola, com o propósito de resgatar, preservar e divulgar os hábitos e costumes da região. Nesta edição especial, o público vai acompanhar as performances de 11 grupos folclóricos provenientes das províncias da Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico.
De acordo com a nota de imprensa da organização, os estilos tchyanda, kassekumuna, miting, katonda, kandoa, entre outros, vão dominar os dois dias de actividades, que terão ainda como momento especial a homenagem ao grupo Mimbo, da Lunda Norte.
“Este evento é de particular importância por representar a maior festa da nossa cultura nacional, um símbolo de resgate, preservação e promoção dos valores culturais da região Leste de Angola, mais concretamente nas disciplinas de música e dança”, destacou Mário Domingos, porta-voz do festival.
O responsável sublinhou igualmente que os grupos receberão incentivos financeiros pela participação, em carácter não competitivo, como forma de valorização e estímulo ao trabalho artístico.
Além da música e da dança, a programação inclui feira gastronómica, oficinas de artesanato e artes plásticas, bem como uma conferência académica destinada a estudantes, onde serão debatidos temas sobre ética, moral e cultura regional.
O Festival Ngeya é promovido pela Sociedade Mineira de Catoca, considerada a maior empresa no subsector diamantífero de Angola. A companhia é constituída pela Endiama (59%) e pela Taadeen Investment LCC, da Arábia Saudita (41%), responsável pela recuperação de mais de 75% dos diamantes produzidos no país.