Estas palavras foram proferidas esta sexta-feira, 18, pelo cantor e compositor angolano. O artista reagia à porte daquele que é considerado o “Estado Maior do Kuduro”, ocorrida no hospital D. Alexandre do Nascimento (ex-Sanatório), em Luanda.
Segundo uma publicação em directo na sua conta oficial das redes sociais, Carlo Wambiri Mauricio Furtado, nome artístico de Heavy C, podem vir aparecer pessoas com comentários do Sebem e Tony Amado, mas o ícone do Kuduro foi o Nagrelha.
“Aquele que teve coragem de falar certas coisas, que após um show pediu o público para o seguir e muitas outras coisa, foi o Nagrelha. Não existe maior ícone do que Nagrelha, no Kuduro”, frisou o artista em pratos, acrescentando que muitos ainda acham que fazendo um vídeo é porque alguns de nós [artistas] queremos dar show, ganhar dinheiro e seguidores.
O também compositor referiu que o país tem estado a perder muitos músicos e, ao mesmo tempo, tem surgido pessoas a criticar [quando falam das mortes]. “Aqui em Angola, só nos dão valor quando morremos. Não posso falar de instituições, de quem de direito, mas nós não somos protegidos e nem nos fazemos ser protegidos”, referiu Heavy C, sustentando que para falar do Nagrelha não é necessário estar ligado [todos os dias] com o mesmo.
Apesar de ser mais velho do Nagrelha, avança o produtor que em 2016 havia anunciado abandono da carreira por questões financeira, estou com maior dor, respeito, tristeza, sentimento para família do artista. “É um vazio. Fiquem na Paz e no Amor e não esqueçam que todos nós temos a nossa hora e vamos embora”, sublinhou o também produtor musical, esclarecendo aos que acham que o amanhã será melhor, “esqueçam. É que às vezes não tem amanhã”.