Mais de 17 mil turistas visitam Museu dos Reis do Kongo

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Museu dos Reis do Kongo. Foto: DR
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O aumento do número de visitantes deveu-se ao facto de o centro histórico de Mbanza Kongo ter sido inscrito na lista do Património Mundial da Unesco, em Julho de 2017.

Dezassete mil e 619 turistas, entre nacionais e estrangeiros, visitaram o museu dos Reis do Kongo, em Mbanza Kongo, província do Zaire, em 2018, um aumento de sete mil e 819 visitantes face ao ano de 2017.

O número engloba 436 estrangeiros oriundos de diversos países, com destaque para o Brasil, Portugal, França e República Democrática do Congo (RDC).

De acordo com o chefe do departamento do gabinete provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desporto, Luntadila Lunguana, que falava sábado, 5, à Angop, dentre os visitantes destaca-se também duas mil e 875 crianças dos quatro aos 17 anos de idade, 12 das quais estrangeiras.

Entidades diplomáticas acreditadas em Angola, governantes, académicos, historiadores, antropólogos, arqueólogos, entre outros, figuram também do leque de individualidades que passaram pela casa que preserva o acervo que retrata os hábitos e costumes dos povos do antigo Reino do Kongo.

Segundo o interlocutor, os embaixadores da Alemanha, França, Israel e Portugal acreditados em Angola haviam manifestado interesse de colaborarem com as entidades do museu na divulgação dos rituais tradicionais da região.

Sublinhou igualmente que esta intenção culminou com a gravação, em Dezembro do ano passado, dos primeiros vídeos por especialistas franceses, que vão no futuro integrar o circuito áudio-visual nas visitas guiadas, tendo em vista o projecto da construção do novo museu.

Valorizou, igualmente, a visita ao museu dos mais de seis mil fiéis da organização feminina da igreja católica, que realizaram em Agosto do ano passado uma peregrinação a Mbanza Kongo.

Com 92 peças expostas e 16 em regime de reserva, o acervo do museu dos Reis do Kongo está repartido em quatro principais grupos de acordo à sua importância.

O primeiro grupo corresponde as peças que retratam aspectos históricos, geográficos e políticos, nomeadamente retratos, mapas sobre o território que abarcava o Reino do Kongo e respectivos reis que passaram pelo trono, bem como o carimbo.

O segundo bloco espelha a organização socioeconómica do Reino do Kongo, nomeadamente o testemunho do domínio da tecnologia de fundição do ferro e do metal.

Quanto a terceira parte, o museu detém peças que testemunham o culto ancestral, nos domínios da música e comunicação à distância, enquanto o quarto grupo retrata a abertura do Reino do Kongo ao mundo ocidental.

O edifício principal que alberga o Museu dos Reis do Kongo foi no passado uma residência real construída em 1903, até a última sucessão do trono ocorrida na década 60. Após a independência nacional, a residência tornou-se como Museu do Reino do Kongo.

O recinto permaneceu encerrado durante anos devido ao conflito armado, tendo reaberto de forma definitiva em 2007, após beneficiar de obras de restauro e ampliação, passando desta feita a designar-se Museu dos Reis do Kongo. 

O edifício está classificado como património cultural nacional.

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