O músico e compositor angolano mostrou-se preocupado com a nova forma dos artistas angolanos se posicionarem perante a sociedade sempre que pretendam lançar um produto novo.
Dog Murras, que falava na sua página oficial das redes sociais que, entende que esses pormenores despertam a atenção para o curso em que a sociedade angolana está a tomar.
“Já viram que agora os artistas quando querem chamar atenção para algum lançamento novo são obrigados a simular desgraça na própria vida para ter a atenção das pessoas? São pormenores que nos levam a ver até onde a nossa sociedade está doente”, referiu o compositor, acrescentando que este tipo de comportamento indica que o amor pela desgraça e problemas dos outros virou o ponto chave da nossa relação humana nesse país.
Para o também escritor, estes problemas estão entranhados entre os angolanos. O que todos devemos fazer é uma luta e remar contra a maré. “É por isso que estou no “Movimento Viva Angola”, que enaltece o angolano que trabalha incansavelmente e acredita na possibilidade de que um dia seremos Angola”, sustentou Dog Murras.
O empresário e palestrante fez saber ainda que, é preciso cortarmos esses maus-hábitos como a inveja, o ódio, a raiva, a vingança, e a vontade de ver o outro a se dar mal.
“Temos de fazer uma luta inversa, porque isso vai virar cancro e quando entrar em metástase/metamorfose, todos nós seremos afectados e morreremos. Temos de fazer o caminho inverso. Viva Angola, porque Angola é nossa e temos a obrigação de mudar o curso dessa história”, sugeriu o músico que tem feito canções de intervenção social desde o começo da sua carreira musical, no limiar da década 1990.
A narrativa, segundo o artista, está na responsabilidade dos angolanos e cada um deles é importante para que o país se desenvolva, sem cores partidárias, porque “não existe um angolano que seja maior que esta Angola”.