O lado artístico e revolucionário de José Eduardo dos Santos

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José Eduardo dos Santos foi o segundo presidente de Angola que governou durante 38 anos. Foto: DR
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Na sua juventude, José Eduardo dos Santos fundou e orientou os Nzaji, um dos agrupamentos musicais que lutava da clandestinidade para a libertação nacional.

Com as canções em língua nacional kimbundu como “Kaputu”, “Ufolo”, “Dituminu”, “Etu tuá Anangola”, “Deba”, “Monetu uá Kassule”. e “Monangambé”, o artista ajudou a forjar a revolução com a mobilização musical.

Numa das suas partilhas recente nas redes sociais, apresentou um testemunho do trabalho e contributo da formação musical que fez parte na sustentação das canções românticas e revolucionárias no processo de luta de libertação nacional de Angola contra o jugo colonial.

De acordo com a nota, que tivemos acesso nas plataformas digitais, os N’gola Ritmos, de Liceu Vieira Dias e tantos outros agrupamentos tinham o mesmo modelo de engajamento artístico nacional.

Conhecido artisticamente por “Joes”, José Eduardo dos Santos apresentava-se sempre nostálgico em relação ao seu passado musical nos dias dos seus aniversários, cantando ou tocando uma música de sua autoria ou não.

Criado em Moscovo, em 1964, sob sua liderança, o “Conjunto Nzaji”, marcou o início da formação da música de intervenção, transformando-se no modelo de canção contestatária e continuidade do “período acústico” da Música Popular Angolana.

Numa fase de opressão colonial, o grupo foi um dos responsáveis da tomada de consciência cultural dos nacionalistas angolanos, ajudando na libertação do País em 1975, através de “músicas de alto valor estético”.

Entre os integrantes do agrupamento que chegou a ser visto como revolucionário constavam José Eduardo dos Santos (composição, voz e viola), Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy” (voz e composição), Ana Wilson (voz, coros), Maria Mambo Café (voz, coros), Amélia Mingas (coros), Mário Santiago (viola), Fernando Assis (piano e composição), Fernando Castro Paiva (ngoma), Jovita Minervina Nunes (voz), General Mona (percussão) e Balduíno da Silva, também conhecido por Buanga (voz).

Com apenas 27 anos de idade, o ex-presidente de Angola orientou a estética do conjunto, formação que primeiro se designou os “Derepente”, uma emanação e degenerescência do conjunto “Kimbambas do Ritmo”, criado em 1959, com uma assinalável solidez estrutural e criativa. 

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