Uma “liamba” que se recomenda – Fusi da Silva

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Fuzi da Sulva é jornalista angolano da agência de notícias angolana ANGOP. Foto: FG
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O sucesso do benguelense está disponível em bancadas especiais nos mercados do Kikolo, Asa Branca, Tunga, Congolenses, 30, Catinton, São Paulo e nas redes sociais.

Boa p’ra caraça, que nem a pura de Malanje, do Cuanza Norte e de Catete, como descrevem ou categorizam os que “palham”, tal como alguns contemporâneos meus, assumidos consumidores, mesmo já ocupando certos cargos chaves na Administração Pública. Não condeno ninguém e cada um com a sua vida!

É mesmo uma Liamba forte, que deixa qualquer provante louco, e que, pelo seu cheiro activo e característico, também deixa os chamados consumidores passivos NGANZADOS. Essa é rara, de uma produção exclusiva e de distribuição limitada. Bastante inspiradora para viagens e prática de exercícios físicos.

Falo-vos de uma liamba que faz alunos rirem à toa na sala de aula; que faz filhos alheios se perderem e sentirem calor onde está frio; que faz polícias serem confartados; que faz  boiados subirem no prédio e quererem se atirar; que faz o utente pensar que tem asas e sabe voar; que te faz se sentir caenche e faltar respeito aos teus pais e aos mais velhos.

São apenas alguns do trecho da contagiante música do DJ LOLÓ, uma das mais badaladas da actualidade, mas muito mal encarada e interpretada por gente preconceituosa, mente perversa ou talvez reservada. Sim os com as ideias fixas ou mecanizadas de que a liamba é coisa do diabo, de delinquentes e perdidos.

À semelhança de muitos kuduros, afro houses ou nadjas com boas rítmicas e mensagens, esse HIT “LIAMBA”, tem um conteúdo muito forte e de alerta sobre alguns efeitos da cannabis no organismo humano. Bem analisada, a letra é de repúdio e não de incentivo ao consumo, como muitos pensam.

É uma liamba musicada e não enrolada em forma de “pica”, que há sensivelmente quatro meses tem agitado as principais pistas de dança de todo o país. Aliás, hoje não há festa ou “raives” onde não tocam essa “pedrada”, que, em certa medida, já se tornou no hino dos liambeiros e dos cientes.

Eu pessoalmente adoro a música, sua melodia e o “flow” do autor. Adoro muito mais o coro e a voz da corista Cassiane, que nas calmas dela pronuncia “É LIAMBAAAA”, com bwé de gosto e prazer, o que faz com que muitos MAKOTAS, PAPOITES E VUNGAS embalam na onda, quebrando protocolo, ética e etiqueta.

O puto (o tal DJ) é forte. Melhor, é craque e esbanjou inteligência. Grande produção, geralmente só protagonizada por artistas consumidores de estupefacientes ou de bebidas alcoólicas. Bob Marley, Nirvanas, Bon jovi,  Metallica, Lenny Kravitz, Tina Turner, Whitney Houston e Nagrelha são exemplos.

Diferente das outras, essa liamba eu fumo, e não me farto. Penso ser a única que me leva nas nuvens e me torna no homem mais gostoso e cobiçado do mundo. Me dá boa disposição e me motiva a viver alegre. É um verdadeiro antídoto para quem quer espairecer e reflectir a vida longe dos magalas.

Apesar da edição limitada, o sucesso do benguelense está disponível em bancadas especiais nos mercados do Kikolo, Asa Branca, Tunga, Congolenses, 30, Catinton, São Paulo e nas redes sociais. Nunca “degustei” nenhuma droga nem a famosa marijuana, mas essa LIAMBA do DJ LOLÓ recomenda-se!
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Fusi da Silva é jornalista e cronista angolano.

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