“Vamos cantar hinos em nome de Azagaia nas ruas”, defende Flagelo Urbano

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Flagelo Urbano é um músico, produtor, poeta e entusiasta em teoria da música e coleccionador de discos de vinil. Foto: DR
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O músico e compositor angolano Flagelo Urbano criticou neste Sábado, 25, que estão a homenagear o músico moçambicano Azagaia sem estar ao lado dos oprimidos e vítimas do sistema político.

“Eu tenho a forte convicção de que a melhor e mais impactante forma de homenagear o mano Azagaia, não é fazer música. É estar ao lado do povo, lutar junto, materializar os seus ideais, colocando-se ao lado dos nossos irmãos oprimidos e vitimas do sistema”, escreveu o rapper de intervenção social, sustentando que mesmo fazendo 10 músicas a homenageá-lo, se a luta e posicionamentos dos artistas forem contrários ao que Azagaia pregava, não se está a fazer nada.

Flagelo Urbano considera hipocrisia da parte daqueles rappers que estão focados apenas na fama do microfone nas mãos. “Vamos sim fazer músicas a honrar e exaltar os seus feitos, vamos cantar hinos em nome dele nas ruas de ‘Medina’, mas pratiquemos as suas virtudes também”, defendeu o também compositor e advogado, desafiando os artistas a serem um pouco do exemplo do combate de Azagaia, autor do lema “povo no poder”.

Conhecido por “N’gola Sambala (O Griot)”, “Mestre da Literatura Oral” e “O Eremita”, Flagelo Urbano é músico, produtor, poeta e entusiasta em teoria da música e coleccionador de discos de vinil, que nasceu na província do Huambo, mas cresceu no Lobito, Benguela. Faz rap desde a década 90 e é formado em Direito, ou seja, é advogado, consultor e activista social. É também mestrando em Direito Tributário pela Universidade Agostinho Neto.

O músico é autor de três obras discográficas, sendo um EP, “Entre o Tempo e a Memória”, editado em 2009; “O Projecto Reunir”, que juntou vários artistas para prestar tributo a Teta Lando, lançado em 2013; e o álbum “O Ermo”, em 2015. Neste momento, se encontra a trabalhar no próximo álbum, o qual se irá chamar “Desvio Padrão “, previsto para 2020.

 

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