KUTAKESSA condena assassinato de activista essuatíni

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Thulani Maseko foi um advogado e activista dos direitos humanos do Reino de Essuatíni. Foto: DR
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O defensor dos direitos humanos teve uma cultura de paz e  lutas não-violência, recusando-se a fechar os olhos para os Humanos

A Associação angolana Kutakessa condenou e pediu uma investigação independente nesta semana devido o assassinato do conhecido advogado e activista de Direitos Humanos Thulani Maseko, ocorrido no dia 21 do corrente mês, em sua residência, no Reino de Eswatini.

“A morte a sangue frio deste guerrilheiro da liberdade, da justiça e da dignidade é um acto condenável e cobarde, por àqueles que usam o poder público e a responsabilidade política que lhes foi confiada pelo povo soberano, sem qualquer sentido de humanidade”, lê-se na nota de imprensa enviada ao Marimba Selutu e assinada por Godinho Cristóvão, denunciando também o escalar da violência em Eswatini.

De acordo com a organização, o espaço cívico daquele país tem vindo a ser cada vez mais limitado, as vozes críticas aprisionadas e assassinadas, diante do olhar cúmplice e impávido das autoridades do Reino de Eswatini.

Segundo o responsável desta organização, há um agravamento do exercício de direitos e liberdades fundamentais causado pelo clima de perseguição e impunidade que tem se registado, aumentando o nível de insegurança contra todas e todos os que se dedicam a causa dos mais fracos, dos sem vozes, dos sem vez e dos expoliados de dignidade.

“A Kutakessa curva-se à memória de Thulani Maseko, cujo trabalho, inteligência, dedicação, paixão e empenho a todos inspira e encoraja a continuar a luta por sociedades realmente livres, inclusivas e equilibradas”, escreveu Godinho Cristóvão, sustentando que em circunstâncias nenhuma ser defensor de direitos humanos apresenta uma estrutura para subversão do Estado.

O documento reconhece que os Estados autocráticos das sociedades africanas enfrentam diversas violações de direitos humanos e tendem a usar mecanismos coercivos para reduzir os espaços públicos e asfixiar os espaços cívicos que, na sua maioria, culmina em agressões físicas e assassinato de defensores dos Direitos Humanos.

“Temo-lo visto num espaço de comodidade esses modus operandi, é uma cultura dos Estados opressores que actuam organizadamente, transformando as suas nações num Estado securitário, onde os Direitos, Liberdades e Garantias Fundamentais desconhecem a sua linguagem natural, gerando assim uma atmosfera de medo para a advogar em favor dos direitos humanos”, sustenta a nota que qualifica o acto como assassinato brutal.

APELO ÀS INSTITUIÇÕES

Para fazer frente ao momento que aquele país está a viver, a ONG apelou as autoridades de Eswatini a trabalhar para a reposição do Estado de Direito, condenando e reprimindo com veemência a impunidade e a perseguição aos defensores de direitos humanos, honrando os compromissos assumidos ao ratificar convenções e tratados internacionais de Direitos Humanos.

“Apelamos à SADC para instituir, urgentemente, uma investigação judicial independente sobre o assassinato de Thulani Maseko. Apelamos a Comunidade Internacional, que inste as autoridades do Reino de Eswatini a adoptar medidas para a restauração da democracia, da paz e da liberdade.

PERFIL DA VÍTIMA

Thulani Rudolph Maseko foi um advogado e activista de direitos humanos com um histórico inspirador de luta pela defesa dos direitos humanos, defesa dos pobres e dos oprimidos, através de uma dedicação e amor desmedido.

Tal narrativa, só é construída em Estados extremamente autoritários, que vivem oprimindo seu povo de forma desmedida que temem uma exposição das suas práticas criminosas. E dentro do espírito de opressão, essas medidas de assassinato visam mobilizar outros Estados opressores a segui-lo como modelo e desmobilizar toda e qualquer iniciativa que se levante em favor dos mais desfavorecidos da sociedade.

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