Israelitas e angolanos em estúdio para concerto inédito em Luanda

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Artistas que fazem parte da oitava edição da Ponte Cultural - Angola. Fotografia de Rafaela Guelengue
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Com o objectivo de incentivar os talentos e difundir a cultura angolana além fronteiras, através da inclusão e educação artística de angolanos, a Fundação Arte e Cultura lançou nesta terça-feira, 22, em Luanda, a 8ª edição do projecto musical colaborativo Ponte Cultural. O músico Bruno M é um dos integrantes da iniciativa.

Segundo a directora do projecto musical voluntário, Naama Margalit, a ideia é de juntar artistas talentosos de todos os pontos do mundo para criarem novas músicas durante um período de uma semana, em Angola.

“Cada um dos artistas vem de um país próprio e, encontram no estúdio, a linguagem da música contra todas as diferenças. Neste sábado, dia 26 do corrente, o resultado desta colaboração estará no palco do ‘Wyza Anfiteatro’, na sede da Fundação”, referiu a responsável, acrescentando que nesta 8ª edição, os artistas revelação convidados são Glória da Lu e Cleyton M, de Angola, e Noa Zulu e Avner Hodorov, de Israel.

A organização garantiu que todo o processo de colaboração, ensaios e o concerto serão filmados para ser apresentado em formatos de videoclipes, documentários e outros modelos de divulgação audiovisual.

Questionada sobre a falta de divulgação dos trabalhos feitos nas edições anteriores do Ponte Cultural, Naama Margalit afirmou que desde 2013, ano do lançamento da primeira edição em Angola, os resultados dos trabalhos de residência artística que culmina com a gravação de músicas e videclipes, têm sido entregue aos órgãos de comunicação social angolano e, estes, não divulgam. “Desconhecemos os reais motivos desta ausência de divulgação porque temos enviados nas rádios e televisões, os trabalhos em pedrive e CD”, reforçou a responsável do Ponto Cultural.

Em resposta, o produtor musical e representante do músico Cleyton M, Hochi Fu, disse ser do domínio de todos os jornalistas e público presente que as músicas só passam nas rádios e televisões mediante um pagamento de em canais. “Isso não é novidade para ninguém aqui. Se desejarmos mudar o quadro, precisamos investir mais na internet, que é o novo modelo de divulgação mundial e estarei aqui para isso”, frisou o fundador e CEO da Power House, louvando a iniciativa da Fundação Arte e Cultura.

Glória da Lu agradeceu o convite neste projecto cultural e garantiu trabalhar para dignificar a cultura de Angola no mundo. “É uma experiência nova que estou a viver e agradeço o convite da Fundação Arte e Cultura pelo convite. Estou preparada para os desafios e esta combinação de estilos é boa e o desafio é a comunicação na língua inglesa”, salienta.

Desde 2013, o Projecto Ponte Cultural já trabalhou com os músicos angolanos Wyza, Totó, Bruno M, ângela Ferrão, Jeff Braw, Kizua Gourgel e Carlos Lopes, e internacionalmente os músicos de Ellen Oléria, Sandra Cordeiro, Dudu Tassa, Nimesh Nimo Patel, Avner Hodorov, Keziah Jones e Joca Perpignan.

Para além do Embaixador do Israel em Angola, Shimon Salomon, agentes culturais angolanos, a conferência de imprensa contou ainda com a presença das duplas Vui Vui e Biura, Príncipe Ouro Negro e Presidente Gasolina.

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