Os restos mortais do músico e compositor Justino Handanga que faleceu por doença, nesta segunda-feira, 18, no Complexo Hospitalar Cardiopulmonar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, em Luanda, de onde havia sido transferido, vão ser enterrados nesta quinta-feira, 21, no cemitério municipal do Bailundo, sua terra natal.
A urna contendo o corpo do cantor chegou na cidade do Huambo na quarta-feira, 20, às 17 horas, momentos antes de ter sido acompanhada pelo ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Francisco Furtado, e pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, entre outras entidades. Ao chegar, o corpo fez uma breve passagem na sua residência e foi levado durante a noite no pavilhão multiusos Osvaldo Serra Van-Dúnem.
Antes de partir para o município do Bailundo, foi homenageado pelos amigos, colegas e fãs, para dar o último adeus ao astro da música angolana. No município do Bailundo, a Praça Ekuikui II, foi o lugar escolhido para as últimas homenagens, antes de partir para o cemitério municipal.
Falando à imprensa, o Rei da Ombala do Wambu, Artur Mosso, disse que Justino Handanga soube colocar a língua umbundu num patamar alto e espalhou o brilho em todo o território nacional e internacional.
Artur Mosso revelou que a música de Handanga era bem acolhida pelos seus admiradores. “Tinha o dom de cantar, partilhava o conhecimento musical com todos e deixava em delírio os seus apreciadores”.
Segundo o soberano, o malogrado deixou um vazio na sociedade angolana, e será lembrado para sempre. “Vai ser difícil o Huambo ter outro talento ao nível de Handanga. A sua música carrega alma e os valores culturais estão presentes por retratar o quotidiano dos angolanos” revelou o soberano.