“Ser valorizado depois de morto não vale nada”, defende Dog Murras

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Ao seu estilo habitual e motivador das massas, o artista honrou três minutos do seu posicionamento público para homenagear o músico e compositor angolano Justino Handanga, falecido esta semana por doença.

Numa mensagem dirigida aos seus fãs nesta terça-feira, 19, considerado Dia dos Pais, o músico e escritor angolano usou as suas redes sociais para lamentar a morte do seu colega.

Apesar de estar com os olhos visivelmente avermelhados, como sinal de lágrimas derramadas pela morte do autor de vários sucessos musicais da tradição angolana, o palestrante apresentou uma sugestão da melhor forma de honrar o artista que partiu para eternidade.

“Quando um músico morre não se chora. Canta-se, dança-se. Porque a nossa profissão é fazer-vos dançar até mesmo quando nós bazamos (morremos). Por isso, é que devemos ser valorizados”, referiu o também kudurista, acrescentando que não se trata de “uma estrela que se foi, mas é menos uma luz que se apagou para Angola, a partir do Huambo”.

O também empresário fez saber que acompanhou à distância os apelos de ajuda que Justino Handanga tinha lançado naquele momento em que se encontrava doente num dos hospitais da capital do país, isto é, em Luanda.

“Soube que ninguém o visitava. Esperava chegar à Angola para que fizesse a minha parte. Mas agora já não vale falar sobre isso e nem tentar me vangloriar”, sustentou.

CHAMADA PARA VALORIZAÇÃO

Dog Murras lembrou que Handanga pediu apoios. Não sei se foi apoiado, sei apenas que sofreu e agora foi embora (faleceu).

Em gesto de apelo aos artistas angolanos, Dog Murras disse ser necessário começarem a fazer «wake up» (acordar). “Valorizem-se enquanto estão em vida e não esperem morrer para vos darem pão ou caixão. Não façam isso! Você tem de valorizar a vossa obra enquanto estão em vida porque vocês trabalham e são profissionais autónomos”, apelou o músico.

Outro aspecto que não deixou de comentar é o facto de em pleno século XXI existirem ainda artistas que vão cantar em determinados lugares para serem pagos com vinho, comida e bolo!

“Não pode, comu é vocês?! Uns dizem que isso é África! Não, não. Os músicos nigerianos e sul-africanos vivem bem. Cobrem pelos vossos trabalhos, empenho, desempenho e prestação pública”, rematou o músico.

Assista a revelação completa do artista e compositor angolano:

 

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