Ministro realça importância do Museu da Língua Portuguesa para CPLP

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Intervenção do ministro Jomo Fortunato na cerimónia de reabertura do Museu da Língua Portuguesa. Foto: DR
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O ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Jomo Fortunato, realçou a importância do Museu da Língua Portuguesa para a CPLP, no último sábado, 31, aquando da Cerimónia de Reabertura Oficial do Museu da Língua Portuguesa, na cidade de São Paulo, Brasil.

Em representação do Presidente da República, João Lourenço, o governante angolano considerou, conforme cita o Jornal de Angola, ser um acto de “grande magnitude histórica” para os Povos da Língua Portuguesa, a reinauguração do Museu, cuja destruição foi causada por um incêndio em Dezembro de 2015.

Jomo Fortunato lembrou que o Museu da Língua Portuguesa, oficialmente reinaugurado, “é uma das primeiras instituições totalmente dedicadas ao idioma e que celebra a língua como elemento fundador da nossa cultura”, falada por 261 milhões de pessoas em todo o mundo.

O ministro sublinhou, ainda, que durante o longo período de restauro, o Museu não estava parado, realizando uma importante mostra itinerante, que passou, em 2018, por Angola, Cabo Verde, Moçambique e Portugal.

Acrescentou que a itinerância do acervo dessa mostra marcou a história do Centro Cultural do Brasil em Luanda, com a exposição multimédia “A Língua Portuguesa em Nós”, que ficou patente de 13 de Maio a 24 de Agosto de 2018, um momento marcadamente significativo da agenda cultural da Capital Angolana.

Esta exposição, inédita em Angola, fez um trajecto pela presença da Língua Portuguesa no mundo; um contacto com outras expressões linguísticas; um contributo na formação cultural dos povos e uma expressividade projectada na música, culinária e na literariedade do património das nossas terras.

Segundo o ministro, Angola espera que o Museu da Língua Portuguesa sirva os investigadores de várias latitudes do planeta e venha propiciar uma discussão mais dilatada da pertinência das “nossas questões linguísticas”, promovendo, ainda mais, a integração dos povos nas dinâmicas políticas e culturais.

Além do ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, a reinauguração do Museu da Língua Portuguesa contou com a presença de várias figuras de Estado, entre as quais as dos Presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.

Os ex-Presidentes do Brasil Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso também discursaram no evento. O Governo de Jair Bolsonaro não mandou qualquer representante à cerimónia.

O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, e o governador do Estado, João Doria, também compareceram. Durante o discurso, Doria salientou que o museu voltou ampliado, com mais recursos e tecnologia.

O museu foi reconstruído por iniciativa do governo de São Paulo, em parceria com a Fundação Roberto Marinho e a EDP Brasil. As obras de recuperação tiveram o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo federal. O projecto contou ainda com o patrocínio do Grupo TV Globo, Grupo Itaú e Sabesp.

O conteúdo do museu foi desenvolvido com a colaboração de escritores, linguistas, investigadores, artistas, entre outros profissionais de vários países, cuja pátria é – como dizia Pessoa – a língua portuguesa.

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