“Quem diz que as palavras doem nunca levou um murro na cara”, Chris Rock sobre Will Smith

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O comediante abordou este final de semana sobre o insólito episódio da chapada que recebeu de Will Smith na cerimónia do ano passado dos Óscares. O especial da Netflix foi transmitido em directo para o mundo inteiro.

Chris Rock afirmou perante a transmissão mundial que costuma dizer que “as palavras magoam” e admitiu que não reagiu por causa da educação que recebeu dos pais.

“Quem diz que as palavras doem nunca levou um murro na cara”, referiu o humorista que que enfrentou uma crise após ter feito uma piada sobre a mulher de Smith, a actriz Jada Pinkett Smith, quando se preparava para anunciar os nomeados à categoria de “Melhor Documentário”.

Rock comparou o aspeto de Pinkett Smith, que sofre de uma doença que causa queda de cabelo, ao de Demi Moore no filme “G.I. Jane – Até ao Limite”. Desagradado com o comentário, Smith levantou-se do seu lugar, dirigiu-se a Rock e deu-lhe uma chapada que foi vista em direto por milhares de espectadores.

Rock abordou o incidente em várias ocasiões, sempre em tom de piada. No evento da Netflix, “Chris Rock: Selective Outrage”, começou por afirmar que se ia esforçar por não ofender ninguém, porque nunca se sabe quem é que se vai sentir ofendido, admitindo que “todos sabem” o que lhe aconteceu, que foi esbofeteado por Smith.

“Adorei o Will Smith a minha vida inteira. Torci por ele a minha vida inteira. Agora vejo “Emancipação” só para o ver gritar”, disse, segundo a CNN internacional, referindo-se ao filme de 2022 em que o actor interpreta o papel de um escravo fugido no Lousiana.

O comediante revelou que várias pessoas lhe perguntaram porque é que na altura não reagiu. “Porque tenho pais”, declarou. “E sabem o que é que os meus pais me ensinaram? A não lutar em frente aos brancos.”

Admitindo que não tem qualquer problema com o movimento antirracista e que é favor da justiça social, Rock disse que o seu problema é com os “ataques selectivos”. “Sabem do que é que estou a falar. Uma pessoa faz alguma coisa e é cancelada. Outra pessoa faz exatamente a mesma coisa e nada acontece. (…)  É o tipo de pessoas que ouvem as canções do Michael Jackson mas não houve R. Kelly. O crime é o mesmo, só que um dele tem melhores canções.”

Chris Rock abordou muitas outras questões durante o espetáculo, incluindo a situação político-social norte-americana e a guerra na Ucrânia. “A América está em péssima forma neste momento. Está pior do que na Ucrânia. Sim, acabei de dizer isto, sabem porquê? Porque a Ucrânia está unida e a América está claramente dividida”, declarou. “Se os russos viessem, metade do país ia dizer: ‘Vamos ouvir o que têm para dizer’. Estamos num mau lugar.”

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