O encenador Peter Brook, um dos mais influentes do século XX, morreu no sábado, com 97 anos de idade, noticia hoje a agência France Presse citando fonte próxima de Brook.
O mestre do teatro, nascido no Reino Unido mas que fez grande parte da carreira em França, à frente do seu teatro parisiense ´Les Bouffes du Nord´, reinventou a arte da encenação, privilegiando formas depuradas em vez de cenários tradicionais.
Foi no final dos anos 60, após dezenas de sucessos, entre os quais várias peças de Shakespeare, e depois ter dirigido os melhores – de Laurence Olivier a Orson Welles -, que decidiu instalar-se em França, onde iniciou o período experimental marcado pela teoria do “espaço vazio”.
Foi também naquele país que encenou peças monumentais, pautadas pelo exotismo e com actores de diferentes culturas.
A peça mais conhecida é “O Mahabharata”, epopeia de nove horas da mitologia hindu, adaptada ao cinema em 1989.
Nos anos 90, triunfou no Reino Unido com “Lindos Dias”, de Samuel Beckett. Os críticos saudaram-no com um “melhor encenador Londres não tem”.
Após uma aventura de mais de 35 anos no ´Bouffes du Nord´, Peter Brook deixou a direcção do teatro em 2010, aos 85 anos, tendo continuado a encenar produções até recentemente.