“Devemos desenvolver o world music em Angola”, defende Joaquim Lunda

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Joaquim Lunda é um promotor cultural angolano. Fotografia de Domingos Barrete
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O agente musical angolano teceu esta afirmação, durante a 24ª Edição do Festival da Canção de Luanda (FCL), que ocorreu recentemente no Palácio de Ferro, em Luanda.

Falando em exclusivo ao Marimba Selutu, o promotor que foi agente do músico angolano Waldemar Bastos em Angola, Joaquim Lunda elogiou a promoção de novos talentos musicais pelo Festival da Canção de Luanda e manifestou a necessidade de se apostar na internacionalização da música angolana.

“Devemos desenvolver o world music em Angola, que é a via da nossa internacionalização.”, aconselhou o agente musical.

Questionado sobre a falta de apoios e o elevado índice de dificuldades que muitos artistas enfrentam, Joaquim Lunda justificou que os músicos não têm expostos os seus reais problemas.

“Eles [os artistas] também não falam. É preciso começar expor [os problemas], pela situação que passamos aqui. Não basta ter os 3 milhões e parar por aí, porque o essencial não é o valor monetário, mas o talento que Deus deu. Infelizmente, não há produção musical e só apostamos na música secular”, explicou o nosso interlocutor.

Joaquim Lunda, que disse ainda ser agente do músico Ndaka Yo Wiñi, revelou igualmente as dificuldades que tem estado a enfrentar para encontrar um músico com perfil para participar num festival de jazz internacional. “Eu trabalho agora com Ndaka Yo Wiñi, que está no Canadá. Tive de lhe dizer que não há projecção aqui [em Angola] e hoje está a ter sucesso”, sustentou Joaquim Lunda, lamentando a a morte do músico Waldemar Bastos.

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