FestiSumbe: Empresária Graciete Antas defende aposta séria no turismo local

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Graciete Antas - Tia Ka é empresária e pesquisadora angolana que palestrou no FON_2025. Foto: DR
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A empresária e pesquisadora angolana Graciete Antas, popularmente conhecida como Tia KA, defendeu, na quinta-feira, 29, no Sumbe, província do Cuanza Sul, a necessidade de uma aposta cada vez mais séria no turismo local, nas vertentes cultural, de natureza, agroturismo e ecolinguística.

As declarações foram proferidas durante a sua apresentação no Fórum de Oportunidades e Negócios (FON), organizado pela AF Entretenimento, em parceria com a Administração Municipal do Sumbe e o Instituto de Pesquisas e Estudos Avançados (IPEA).

A também pesquisadora nas áreas da cultura e do turismo sustentou que a província “tem um pouco de tudo para se estudar”.

Segundo a preletora, a localidade detém potencialidades desde pinturas rupestres, grutas, fortalezas e uma variedade de culturas históricas que não são devidamente aproveitados.

“Temos 100% de tudo em termos de turismo natural”, afirmou, acrescentando que, além da necessidade de se investir num turismo de excelência, cerca de 90% das unidades hoteleiras local apresentam sérias deficiências nos serviços que oferecem.

Sobre o fomento do turismo no Cuanza Sul, a investigadora com o raio de acção empresarial no município do Libolo afirmou que não existem acções concretas nesse sentido.

“Estamos com contratos acima dos 35 milhões de kwanzas por mês, mas os bancos não aceitam financiar, porque dizem que o turismo é uma área de risco”, lamentou, frisando que muitos dos problemas existentes não devem ser atribuídos apenas ao Governo.

Referindo-se à língua Ngoya, destacou que ela está a ser estudada em diversas partes do mundo. “Nós não temos consciência da visibilidade que a nossa língua tem. Ela está a ser estudada por linguistas nacionais e internacionais. É uma língua reconhecida internacionalmente, pois já é possível formar verbos e manipulá-los”, observou.

Tia KA defendeu ainda o investimento na formação de recursos humanos como base essencial para o desenvolvimento do turismo comunitário, bem como a promoção da alimentação vegana, apelando igualmente ao abandono do tribalismo, para evitar barreiras culturais que afastem os turistas.

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