Morreu Pop Show, o guitarrista do Kilapanga

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Manuel Miguel, “Pop Show” foi um músico e guitarrista angolano de referência do Kilapanga. Foto: DR
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O músico e guitarrista angolano Manuel Miguel, “Pop Show” morreu neste sábado, 6, vitima de doença, em Luanda.  O seu talento musical relevou-se desde tenra idade e aos 11 anos, contra a vontade dos seus pais, começa a tocar alguns instrumentos musicais.

O artista, que dedicou parte da sua vida a defender o Kilapanga, foi o vocalista dos Afra Sound Stars, um dos mais notáveis conjunto musical angolanos do anos 80.

Pop Show foi cantor e exímio guitarrista que se destacou nos estilos Rock e Kilapanga, através da banda “Pop Show Gato”, formada por Gato (percussão), Ket Hagaha (teclados), N’ Sheriff (baixo) Pop Show (guitarra) e Tubarão (bateria). Esta banda nasceu das influências de vozes como Lamartine, Artur Nunes, David Zé, Bonga e Os Kissanguela.

Ao lado dos Afra Sound Stars e nos seus últimos anos de carreira musical, o músico trabalhou em pesquisas etno-musicais nas várias regiões do país e em algumas partes do continente africano.

Na sua discografia contam-se o Afra Sound Stars (1986), Saparam (1991), Absaite (1993), Soko Soke (1995), Kilapanga (2015) discos que apresentam vertentes recreativa, cultural e interventiva.

AFRA SOUND STARS

Fundado no início dos anos 80, o grupo participou em vários momentos que marcaram a vida cultural do país. Serviu em missões de Internacionalismo Proletário na República de São Tomé, onde, para além da recreação do pessoal militar, participam em inúmeras actividades de beneficência. Foi também naquele período que começam a compor os principais temas de Kilapanga.

Em 1988, findo o serviço militar, a banda vai para o Brasil onde amadurece substancialmente ao ter a oportunidade de trabalhar com nomes e bandas como Oludum, o músico angolano Abel Duerê, entre outros, para além de ter participado em espetáculos em Rainha dos Deuses na Concha Acústica (Baía), Teatro Carioca (RJ), Teatro Sérgio Poto (Bota Fogo).

Em 1991, devido à procura e reconhecimento da música Africana, a banda muda-se para Portugal por um período de 4 anos, onde participa em vários trabalhos discográficos e espetáculos de músicos africanos.

Terminado este período, Bruxelas e a sua africanidade torna-se irresistível e lá se estabelecem, gravando 2 discos e retornando a Lisboa para participar na Expo 98. Participam também no festival Internacional (Umba) Colômbia-Alemanha, no Festival Internacional Africolor em Paris e no festival contra o Racismo em Itália, no ano de 2000, findo o qual, cada um dos membros segue a sua carreira a solo, até aparecem em 2015 com um novo álbum.

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