“Temos nas salas de aulas muitos talentos para as artes”, declara Mfuca Muzemba

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Mfuca Muzemba é um primeiro Presidente do MEA e político angolano.
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O jurista e ex-Presidente do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA), Mfuca Muzemba, fez estas declarações nesta quinta-feira, 17, na Mediateca Zé Dú, em Luanda. O político aproveitou a ocasião para esclarecer que não criou uma força política, conforme informações postas a circular nas redes sociais.

Segundo o primeiro Presidente do MEA, que falava durante a palestra subordinado ao tema “Do Movimento de Estudantes à Luta Estudantil”, os estudantes angolanos continuam a enfrentar vários problemas que foram os fundamentais da criação desta associação e entre vários caminhos para a solução actual apresentou algumas recomendações para a nova direcção.

Mfuca Muzemba entende que um dos problemas que precisa de ser resolvido é a realização de festivais dos estudantes em todo o país. “Aprender não é só pegar no caderno e ir à escola. Há muitos estudantes que não têm palcos para mostrar os seus talentos. Temos nas salas de aulas muitos talentos para as artes como cantores, miss, atletas e demais artísticas que não encontram espaços para mostrar”, frisou o político que desvinculou, no último dia 10 do corrente mês, a sua militância na maior força política na oposição em Angola (UNITA), através de uma carta de renúncia enviada à direcção daquele partido.

Para Mfuca Muzemba, que apresentou os principais desafios do seu mandato na direcção do movimento de Estudantes Angolanos, há muitos aspectos que devem ser melhorados durante o novo contexto da luta estudantil.

Vamos fazer uma petição pública para exigir tal facto ao Presidente da República

“Outros aspectos que devemos ter em conta tem a ver com o conceito de Cidade Universitária, que é um bem para os estudantes. Por isso, vamos fazer uma petição pública para exigir tal facto ao Presidente da República”, revelou Muzemba, sustentando que os desfiles académicos que devem igualmente acontecer precisam de avenidas próprias para os estudantes organizarem e participarem.

Durante a palestra, o prelector aproveitou a ocasião para esclarecer a necessidade de se intensificar o controlo das verbas destinadas ao sector da Educação, a criação de um clube desportivo e uma data comemorativa para os estudantes angolanos. “É importante termos o Dia do Estudante Angolano para continuarmos a ser o marco referencial das transformações e comemorarmos com bastante reflexão”, finalizou.

No intervalo da palestra, o momento cultural ficou preenchido com declamações de poesias, música ao vivo e outras.

Estavam presentes na palestra, representantes de organizações da Sociedade Civil, dirigentes políticos, representantes de partidos políticos, antigos presidentes e membros fundadores do MEA, membros da nova direcção do MEA, músicos, poetas, jornalistas, activistas sociais e políticos.

O evento foi transmitido via online e pode ser encontrado nas plataformas do Facebook e Youtube.

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