Inaugurada na última quinta-feira, 7, no Palácio de Ferro, em Luanda, a exposição “Desconhecidos” reúne 15 fotografias e um vídeo-arte das suas notáveis obras que revelam a transcendência das zonas urbanas. Os retratos de Dralton Máquina ficam expostos até ao dia 4 de Setembro e podem ser visitados de segunda a sábado, entre as 9h00 às 16h00.
De acordo com o Jornal de Angola, esta primeira exposição do artista aborda as interacções quotidianas no contexto urbano, onde a todo o momento o artista está rodeado com os outros e com os quais não se relaciona.
Dralton Máquina, que declarou ser o início da sua carreira profissional, revelou que foram necessário cinco anos de ideialização para a criação desta sua primeira exposição, tendo preparado há um ano. “Só agora consegui expor, porque decidi esperar o momento certo, pois cada coisa tem o seu momento”, contou o criador.
O artista declarou que a foto que mais tempo levou foi a da Morgue, por causa das burocracias, tendo levado mais de oito meses para conseguir fazer a imagens.
Durante a cerimónia de inauguração da exposição, o curador Jamil Parasol, responsável pela descrição das fotografias e do vídeo-arte do artista, reconhece em Dralton um artista visionário, pelo facto do mesmo mergulhar nas complexidades da psique humana, inspirando-se nas suas próprias experiências, sendo um jovem que navega pela movimentada cidade de Luanda.
Dralton Bráulio das Neves Máquina, ou simplesmente Dralton Máquina, vive e trabalha em Luanda. A sua revelação aconteceu durante a IIIª Trienal de Luanda, realizada e organizada sob a liderança do curador Fernando Alvim, antivo vice presidente da Fundação Sindika Dokolo em 2015, onde se juntou ao projecto logo no início e permaneceu desde o primeiro até ao último dia do evento. Participou na Bienal de Veneza, cidade da Itália, em 2017, e no Etimba Fest, na cidade das Acácias Rubras, em Benguela.
No ano em curso, Dralton foi o fotógrafo escolhido pela Alliance Française para participar no projecto “Inside Out-Rostos da Francofonia”, uma iniciativa que levará rostos de Angola para França e ao universo francófono.