“Vamos lutar para que a Segurança Social inclua os artistas na protecção social”, defende Maria Francisco

0
442
Maria Francisco é uma sindicatista desde 1982 e candidata à secretária-geral da UNTA - CS
- Publicidade -

A candidata à secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos – Confederação Sindical (UNTA-CS), Maria Fernanda Carvalho Francisco teceu estas declarações nesta quarta-feira, 21, durante o acto de lançamento do plano de acção da sua candidatura, no salão nobre da organização sindical, em Luanda.

Maria Francisco declarou que os trabalhadores culturais enquadram-se na categoria dos trabalhadores liberais. “Uma das nossas prioridades será, à semelhança do que fomos fazer com os trabalhadores do sector informar, lutar para que possam fazer parte do primeiro grupo para inclusão na Segurança Social”, frisou a sindicalista, acrescentando que em caso de se encontrar alguma resistência por parte do governo poderão usar a estratégia da inclusão na lista de protecção de base.

Para a candidata, que disputa o cargo com José Joaquim Laurindo e Filomena Soares, o governo tem a obrigação de encontrar soluções para aqueles trabalhadores que não fazem parte do Sistema de Proteção Social Obrigatório.

Questionada sobre a ausência de benefícios financeiros dos direitos autorais dos artistas, a responsável afirmou que nunca um artista havia procurado a UNTA para essa abordagem e ainda não faz parte dos relatórios internos da organização. “Quem organiza os trabalhadores do sector da Cultura é Federação da Educação, Cultura e Comunicação Social e nunca abordou esse assunto nos seus relatórios”, frisou, acrescentando que em caso de vitória fará uma sondagem sobre os reais problemas dos trabalhadores da Cultura.

Entre as principais dificuldades que o sector liberal apresenta, a antiga secretária-geral adjunta apontou o problema de aceitação, o acesso aos recursos por parte dos bancos comerciais, conseguir um espaço para arrendamento de escritório com valores acessíveis, falta de abertura do sector bancário e tantos outros. “Infelizmente, o sector bancário funciona ainda com determinados esquemas. Você precisa sempre de um apelido ou uma recomendação de alguém”, critica, acrescentando que estas instituições deveriam ter maior abertura para aqueles que possuem ideias de negócios.

Maria Fernanda Carvalho Francisco foi secretária-geral adjunta da UNTA-CS, secretária para relações internacionais, presidente do Comité Nacional da Mulher Sindicalizada e a única africana como Membro Titular do Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT), é vice-presidente da Confederação  Sindical Internacional e Presidente das Mulheres Sindicalistas de África.

Analista Química Industrial pela PLAYA GIRON, em Havana, Cuba, Maria Francisco é membro da UNTA-CS desde Abril de 1982.

Para ler o discurso completo da candidata, basta clicar aqui.

Deixe o seu comentário
Artigo anteriorJomo Fortunato lamenta morte do Rei Mwe Mbando III
Próximo artigoExecutivo quer abertura para inserção dos artistas da CPLP

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui