Nelson Mandela homenageado no Festival Celebrar África

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Companhia de Arte Kussanguluka foi o grupo responsável pela abertura do Festival by Portal Marimba
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O evento surge para honrar e dignificar os africanos que se destacaram nas lutas e defesa dos valores e traços da identidade sociocultural e política do continente. A 1ª edição desta iniciativa escolheu Nelson Mandela por ser uma das referências

Pedro Muhongo


A produtora de eventos culturais On’arte, em parceria com a Fundação Sindika Dokolo apresentou o projecto cultural “Celebrar África”, no último sábado, 23, no Palácio de Ferro, em Luanda.


Para a 1ª edição do projecto, os grupos Companhia de Arte Kussangukuka, Makuma Mambu, Nguami Maka e Kamba Dya Mwenho, bem como o músico Dodó Miranda apresentaram no festival de músicas e danças características do continente.


A responsabilidade de abertura do festival esteve a cargo da Companhia de Arte Kussanguluka, que numa forte exploração da percussão, exibiu várias músicas, com destaque para “Wemba” e “Eh Mbanza Congo Kiese Yaya”.


“Exibimos três tipos de danças: o ‘Luba’ que representa um bêbado com uma garrafa na cabeça, da região do Chitatu, da Lunda-Norte. A segunda dança chama-se ‘Wemba’, que representa a força de um guerreiro, simboliza aqueles que lutaram contra o colono português. Já a terceira música é ‘Eh Mbanza Congo Yetu Kiesse Yaya’, significando que na nossa aldeia há sempre alegria, de Banza Congo, simbolizando a Paz”, frisou o representante do Kussanguluka, Samuel Neto.

De acordo com o responsável do grupo Makuma Mambu, Adriano Afonso Beuluzolele, durante a sua participação no festival, foi possível apresentar músicas com conteúdos que retratam a preservação da cultura angolana. “Se deixamos perder os valores da nossa cultura, iremos viver no mundo sem identidade”, referiu o músico que fundou o conjunto ancestral com o seu nome artístico há mais de 40 anos, na região do Kimbele, província do Uíge.

Por outro lado, o responsável do Nguami Maka, Jorge Mulumba, o festival celebrar África permitiu ao conjunto apresentar um trabalho musical que enaltece a ancestralidade angolana. “Homenageamos Bernardo Malata, com um tema em umbundu. Cantamos Nick, no segundo e último temas, bem como N’gongo, que foi o maior centro cultural de todos os tempos por ter sido o espaço que albergou grandes músicos da nossa praça como Bonga, Prata e Tonito Fortunato”, contou Mulumba.

Revelino Luís, um dos responsáveis do projecto “Celebrar África”, declarou que o Onart fez um trabalho de pesquisa aturada e percebeu que há uma falta de informação por parte da juventude em relação aos feitos das figuras africanas como Nelson Mandela e outros.

“Queremos ajudar os mais jovens a compreenderem mais os trabalhos destes guerreiros do continente por meio de várias disciplinas culturais”, sustentou, acrescentando que a próxima edição terá lugar em Setembro e vai homenagear António Agostinho Neto.

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