“Angola gastou mais de 220 milhões de dólares em vacinas da COVID-19”, afirma Francisco Furtado

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Francisco Pereira Furtado é o ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República de Angola. Foto de Domingos Barrete
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Estas palavras foram proferidas nesta quinta-feira, 16, pelo ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general Francisco Pereira Furtado, durante a Conferência sobre os problemas globais e desafios locais das Pandemias, Alterações Climáticas, Paz, Segurança e Boa Governação, ocorrida na Universidade Lusíada de Angola, em Luanda.

O também coordenador da Comissão Multissectorial de Prevenção e Combate à Pandemia aproveitou a ocasião para esclarecer sobre os valores gastos na aquisição de vacinas para o país, clarificando que são dados que devem constar no site dos Ministérios da Saúde e das Finanças.

“Só com a aquisição de vacinas da Sinopharm, da China, são cerca de 10 milhões e 700 mil, o país gastou cerca de 99#20 milhões de dólares. E aquisição de outras vacinas, nomeadamente a da Sputnik e outras, os gastos do país já vão em cerca de 130 milhões de dólares. Estamos a falar de um horizonte global de mais de 220 milhões de dólares só em programas de aquisição de vacinas.”, justificou o governante, depois de ser questionado pela nossa reportagem, sustentando também que a base deste valor global tem de ser calculado tendo em conta o preço de 10 ou 15 euros por vacina.

Durante a sua comunicação neste evento organizado pela Associação para o Bem de Angola – Pro Bono Angola, o governante fez ainda referência de o nosso país pretende atingir a meta de 60% da população vacinada até ao final deste ano.

“Apenas dizer que da China restam-nos receber mais 3 milhões de vacinas no dia 27 deste mês e as outras são doações que vamos receber.”, reforçou Francisco Pereira Furtado numa plateia de mais de 100 participantes, entre académicos, estudantes universitários, embaixadores, políticos, militares, representantes de ministérios e a população em geral que acompanhava o evento pela transmissão da Rádio Ecclésia e nas plataformas digitais da Pro Bono Angola.

“As Alterações Climáticas”, “O Terrorismo”, “A Transparência Governamental”, “A Corrupção e o Declínio Económico das Nações”, e “Os efeitos nefastos da Pandemia da COVID-19”, são alguns dos temas que encabeçaram a lista dos principais problemas mundiais na actualidade debatidos na Conferência que visou juntar os melhores especialistas para analisar e apresentar soluções dos problemas globais que afectam directamente o país.

De acordo com o Presidente da PRO BONO ANGOLA, Bartolomeu Milton, os fenómenos políticos e sociais que estão a ocorrer em Angola, fruto de uma prestação de contas baseadas na pandemia da COVID-19, carecem cada vez mais da análise e intervenção de todos os sectores da sociedade, particularmnete do Estado e da Sociedade Civil.

“Numa altura em que várias agências da ONU publicam relatórios inéditos como ‘Unidos pela Ciência’ e comprovam que o mundo está longe de atingir os compromissos do Acordo de Paris, devido a ausência da Paz e a Segurança Mundial, o recrudescimento do terrorismo alimentado pelo fundamentalismo religioso, a falta de transparência governativa e a ineficácia dos governos em relação à crise económica.”, frisou o responsável associativo, acrescentando ser uma certeza patente nas mensagens dos líderes mundiais que discursam na maior tribuna da política mundial, na ONU.

Fundada em 2016, a Associação para o Bem de Angola – PRO BONO ANGOLA é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, tendo a missão de contribuir para a mudança da mentalidade dos cidadãos e defender/promover os legítimos interesses da sociedade Angolana nos domínios dos direitos humanos, da ética, da transparência e responsabilidade na gestão pública.

A instituição trabalha também com a educação para a cidadania, a cultura e promoção da paz e seus desígnios; e, o apoio assistencial aos grupos sociais vulneráveis, através da promoção do desenvolvimento, da sã convivência e o bem-estar social dos angolanos.

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