Luanda acolhe actividades da cultura Bélgica

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Trio Nicolas Kummert é aguardado amanhã à noite em Luanda para quatro concertos de jazz © Fotografia por: DR
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O embaixador do Reino da Bélgica em Angola, Josef Smets, disse, neste domingo, 20, em Luanda, que o seu país vai protagonizar quatro concertos de jazz e um ciclo de cinema belga neste “Mês da Francofina”, em Luanda.

De acordo com o Jornal de Angola, as actividades serão protagonizadas por um trio proveniente do seu país e terão lugar na rede de Mediatecas de Angola, marcando o início de uma etapa em que os dois países concordaram em estabelecer relações no sector cultural.

“Este ano, a Embaixada da Bélgica quis utilizar o mês da Francofonia para fazer algo de importante. Depois da crise da Covid-19 deixar de ser uma questão urgente, é momento de festejar um pouco e criar um ambiente de amizade, demonstrando que entre a Bélgica e Angola não existem só contactos comerciais e políticos, mas também culturais”, frisou o diplomata Josef Smets, confirmando a chegada a Luanda do trio de músicos nesta segunda-feira, 21, à noite, proveniente de Bruxelas, capital do seu país.

O grupo é liderado pelo saxofonista belga Nicolas Kummert e integra o percussionista Angelo Moustapha, natural do Benin, e o guitarrista francês Benjamim Sauzereau.

Em Luanda, o trio de jazz tem agendado quatro concertos, os dois primeiros no Palácio de Ferro, na quarta e quinta-feira e os outros na antiga Fábrica de Sabão, localizada no Cazenga, na sexta-feira e sábado, numa parceria com a administração municipal. Os concertos, nos dois locais, serão antecedidos de uma oficina de música, no primeiro dia, em que irão participar músicos nacionais renomados e anónimos. O resultado deverá culminar num show improvisado.

Ao passo que no segundo dia, o trio belga vai apresentar-se com o seu trabalho “Ressonância”. Artistas como Massano Júnior, Santocas, Filipe Mukenga, Selda, Esperança Miranda, Santos Júnior e Dodó Miranda estão convidados para os referidos concertos.

De acordo com o embaixador da Bélgica, os dois concertos que terão como palco o Palácio de Ferro resultaram de uma concertação com o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Filipe Zau, num encontro entre o governante angolano e o diplomata belga, na última semana, no qual as duas entidades concordaram em reforçar a cooperação no domínio da cultura.

Quanto ao ciclo de cinema belga, que reflecte sobre o tema “descolonização das mentes”, o mesmo tem agendado a exibição de quatro documentários em todas as mediatecas do país, tendo iniciado na última sexta-feira, na Mediateca Zedú, no Cazenga. Entre os filmes seleccionados estão “Os combatentes do sagrado”, de Florian Vallée, “Totens e Tabús”, de Daniel Cattier, “Máscara Oculta”, de Kristof Degrauwe, e “A terra é mais linda que o paraíso”, de Freddy Tsimba.

Jozef Smets referiu que a ideia nasceu porque Bruxelas, a capital da Bélgica, é uma cidade multicultural, com componentes culturais de vários continentes, sobretudo o continente africano. “A cidade tem uma tradição de música jazz; dezenas de bares, cafés e salas de espectáculos que promovem concertos de jazz. O jazz deixa as portas abertas e esta também é a ideia da francofonia, de promover a diversidade e a cooperação cultural”.

O diplomata belga, que está em Angola há dois anos e seis meses, disse conhecer já um pouco a tradição musical local, referindo ser um país com coisas boas para oferecer no campo da cooperação cultural.

Jozef Smets disse que no encontro que manteve com o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, foram abordados outros assuntos, no âmbito da cooperação, sobretudo, no sector cultural, referindo-se a uma parceria entre o Museu do Dundo e o Museu Real da África Central, na Bélgica, que deverá ser desenvolvida nos próximos tempos.

 

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