A promoção, valorização, preservação e internacionalização da música angolana foram os contributos o músico que Zé Du Pau deu à cultura nacional desde a época colonial
Redacção
O reconhecimento foi feito pelo Ministério da Cultura, União Nacional dos Artistas e Compositores – Sociedade de Autores (UNAC – SA) e músicos diversos, por meio de notas de condolências pela morte do artista, ocorrida na madrugada de sexta-feira, 29 de dezembro último, no Hospital Geral de Luanda.
Segundo a Angop, o Departamento Ministerial referiu que “Zé du Pau escreveu uma página na história da música angolana, ficando marcado pelos sucessos “páginas rasgadas do livro da minha vida” e “se te meteres na minha vida”.
Exemplo de determinação e coragem, Zé du Pau deixa um legado e um exemplo que deve ser seguido pelas novas gerações em prol da divulgação e da preservação da cultura angolana, em particular, e da música angolana em particular.
Por outro lado, o músico Belchior Calueyo “Anjo Blex” referiu que Zé Du Pau era um artista exemplar, que sabia interagir melhor entre os fazedores da arte e incentivava os novos talentos a saberem representar condignamente o país.
Já José Mariano Santos sublinhou que o malogrado foi sempre uma grande referência na música nacional, cujas canções tiveram sempre a aceitação dos consumidores nacionais e estrangeiros.
O coordenador provincial da Huíla da União dos Artistas e Compositores UNAC-EP, Serafim Afonso, reafirmou que as suas músicas serão eternizadas pela classe artística do país.
Na ocasião, exprimiu, em nome dos artistas huilanos, o seu sentido de pesar, considerando uma perda grande.
Zé Du Pau começou a sua carreira, em 1970, como guitarra solo do conjunto Os Corvos, do qual foi um dos fundadores, com Gildo Costa (vocalista principal e compositor), Zeca Pilhas Secas (viola baixo e ritmo), José dos Santos (vocal), Didino (tambores) e Novato (vocal e dikanza).