Picasso: Casal alemão deseja recuperar 200 milhões de euros em quadro

0
145
- Publicidade -

Um casal alemão de judeus, Karl e Rosi Adler, que fugiu do regime nazi em 1938, terá vendido um quadro do pintor Pablo Picasso para financiar a viagem e, 85 anos depois, os supostos herdeiros querem recuperar a obra.

De acordo com a imprensa internacional, a pintura é actualmente propriedade do Museu de Arte Moderna Solomon R. Guggenheim, em Nova Iorque, e está avaliada entre 100 e 200 milhões de euros.

De acordo com a informação que tivemos acesso, os descendentes deste casal alemão apresentaram um processo civil no Supremo Tribunal do Estado de Nova Iorque contra do museu Guggenheim, em Manhattan, que exibe a obra desde 1978, mostrando uma mulher a passar a ferro, que o mestre espanhol terá pintado em 1904.

Apesar do grupo de queixosos herdeiros nos Estados Unidos e na Argentina  afirma serem eles os legítimos proprietários da obra, alegando na queixa de 20 de Janeiro do corrente ano que houve uma venda “forçada” em Outubro de 1938 e que os Adler foram pressionados para vender, um comunicado refere que o Museu Guggenheim contesta o processo como sendo “sem fundamento”.

A história de “The Ironer”, como as de muitos quadros europeus roubados pelos nazis ou perdidos durante a Segunda Guerra Mundial, começa em 1916 quando Karl Adler o comprou a um galerista judeu alemão em Munique, Heinrich Thannhauser.

Karl Adler, proprietário de uma fábrica de couro, e a sua mulher Rosi desfrutavam de uma “vida próspera” em Baden-Baden, no sudoeste da Alemanha, mesmo em frente a Estrasburgo.

A chegada de Hitler e dos nazis ao poder em Berlim marcou o início da terrível perseguição dos judeus na Alemanha e o congelamento ou confiscação dos seus bens e património. Em Junho de 1938, os Adler decidiram fugir do seu país e estabeleceram-se nos Países Baixos, França e Suíça antes de procurarem um visto para a Argentina.

Mas para obter o visto, os Adler, que já tinham deixado a Alemanha algumas semanas antes, venderam o quadro em Outubro de 1938 ao filho de Thannhauser, Justin, que, também judeu, tinha acabado de se refugiar em Paris.

Deixe o seu comentário
Artigo anteriorTotó ST encanta fãs com guitarra e voz no Palácio de Ferro
Próximo artigoConcerto de Totó ST regista adesão acima dos 200 bilhetes

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui