Reverendo angolano preside funeral do ex-presidente da Zâmbia

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Kenneth David Kaunda foi o primeiro presidente da Zâmbia após a independência do país do Reino Unido. Foto: DR
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O reverendo de origem angolana Milner Kanguende, pertencente a Igreja Unida na Zâmbia, foi o rosto principal que presidiu a cerimónia fúnebre do primeiro presidente da Zâmbia após a independência do país do Reino Unido, Kenneth David Kaunda, ocorridas na sexta-feira, 2, em Lusaka, capital da Zâmbia.

De acordo com o Club K, Kenneth David Kaunda, que faleceu no passado dia 17 de Junho aos 97 anos de idade, foi no passado catequista de uma congregação que deu lugar a  Igreja Unida na Zâmbia (IUZ), em 1965.

A IUZ que se tornou na  maior igreja protestante daquele país africano, tem relações de parceria com a Igreja Unida do Canadá, e esta por sua vez,  ligada a Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA), formada há mais de 100 anos por missionários congregacionais do Canadá.

De acordo com informações citadas, vários angolanos membros da IECA  que imigraram para a Zâmbia na década de 50/60, terão se juntado a Igreja Unida na Zâmbia (IUZ).

Milner Kanguende, o reverendo que presidiu as missas do falecido Presidente Kenneth Kaunda, é neto de um imigrante angolano na Zâmbia,  Royal Kanguende,  que em Março de 1965,  atravessou o leste de Angola para participar na fundação da UNITA, movimento que  militou até ascender ao então Comité Central.  Ray Kanguende nasceu  na província do  Bié, sendo pai de uma dirigente da UNITA, Gina Kanguende. 

O  papel desempenhado por Royal Kanguende na Luta de Libertação de Angola foi destacado em Agosto de 2020, pelo jornalista Sousa Jamba, num artigo publicado no Jornal de Angola. 

“A UNITA surgiu numa rede de famílias do Leste de Angola e, até um certo ponto, do Planalto Central. A primeira reunião magna da UNITA, cerca de 1965, foi em casa do velho Royal Kanguende, em Lusaka. O então jovem Jonas Malheiro Savimbi, recém saído da UPA, tentava vender a estas famílias o que seria o projecto UNITA. Logo, a UNITA passou a ser sustentada por famílias do Leste de Angola — os Chata, Njolomba etc”, lê-se no artigo de Sousa Jamba.

 

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