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Depois de cumprir um mandato de um ano na Direcção Provincial da Cultura do Moxico, o músico, activista e pesquisador cultural revelou, em entrevista na sua residência em Luanda, o seu pensamento filosófico-cultural em relação as verdades que o povo precisava ouvir, deixando claro que teve de abandonar os palcos como artista, desmistificando o conceito que acredita sobre o Colonialismo e Escravatura.

A sua ascensão política, para além do sucesso musical, dependeu também dos projectos culturais sólidos que desenvolveu ao longo dos seus anos de carreira para a SADC, Angola e mais recentemente para a sua terra natal, Moxico. Mas, reconhece que o Executivo de Angola não nega os poderes dos Reis.

Na qualidade de músico, compositor e activista cultural. Quais foram os momentos que o deixaram satisfeito e os desafios para os anos vindouros?
Ao longo destes anos, deixaram-me satisfeito  o activismo socio-cultural, a reconciliação dos filhos de Angola ainda por se completar e das aberturas democráticas para melhor exercermos a nossa opinião cultural. Estes têm sido os meus maiores campos de satisfação.

Na qualidade de um artista com longos anos de carreira, tem exigências em relação à música, artistas e temáticas culturais. Como tem encarado o momento actual da cultura angolana?
Encerrar a minha personalidade no contexto do País onde eu nasci, limita a possibilidade de exprimir a música, atendendo o campo possível actual, daquilo que as pessoas conseguem aceitar fazer. No meu País e fruto de muitas coisas, as pessoas aceitam fazer coisas que até certo ponto são reprováveis. Sem deixar de parte aquelas que são bem aceites e aplaudíveis.

Estamos a trabalhar para contribuir para que haja um mercado que compreenda as nossas exigências

E esta análise abrange também o campo musical?
Sim. No campo musical, temos sidos muito imediatistas, o que nos leva a reprovar algumas acções. Para quem é patriota e eu sou um deles, procuram entrar no mais profundo e estar numa posição de produzir mais personalidades e consciências que concebam atitudes que permitam o melhor entendimento, sem recorrer ao imediatismo. Este tipo de produção faz com que os palcos não sejam úteis neste momento, ou sejas, os palcos são uma produção final e profunda. É só para dizer que para o tipo de exigência que eu faça, o mercado angolano não é o actual. E estamos a trabalhar para contribuir para que haja um mercado que compreenda as nossas exigências, talvez nos próximos anos.

Então, podemos afirmar que Tony Nguxi abandonou os palcos?

Posso dizer que sim, por uma percentagem avaliada em 80 por cento. Abandonei os palcos a 80% e 20%, é uma dúvida que ainda sinto porque não tenho a certeza, se seria capaz de abandoná-lo na totalidade. Não abandonando a Cultura, fica difícil abandonar os palcos. Abandonei-os como artista, mas estou na Cultura cada vez mais e profundamente.

Tony Nguxi, músico, compositor e pesquisador sociocultural angolano.

Este sentimento foi influenciado pelo estado actual da Cultura?
Não, é o estado da Nação, que não está ainda encaixado com a verdade da nossa História. A História é parte fundamental de uma Cultura, onde nós estamos muito abaixo do que somos como cidadãos e como País. Estamos num percurso de crescimento, mas alguns dos nossos cidadãos estão bastante evoluídos para compreender quem somos. Só temos de esperar mais um pouco.

O que tem faltado para chegarmos ao nível desejado de evolução?
Apenas a verdade!

De que verdade está a referir-se?
Quem somos como povo de Angola? Quem somos como indivíduos que contribui na origem da humanidade e consolida parte da África de Angola e do globo? As pessoas não têm tido coragem. Vou excluir-me destas pessoas porque tenho tido coragem. Posso dizer que Angola é uma nação constituída por vários estados reais. Quando digo estados reais, refiro-me a Reinos, que só é quando há comunidade ou população e território, que desenvolve um conjunto de actividades, desde a defesa à economia e tudo faz parte de uma vivência que se chama Cultura.

E qual o papel da Cultura no meio de todo este processo?
Ela define o Hino da República e a Constituição. Estes reinos e estados que existem em Angola, os quais são bem reconhecidos pelo Governo (Executivo) Angolano, constituem a Nação de Angola. Portanto, esta Nação tem uma história que ainda não conseguimos ter a humildade de trazer ao conhecimento actual. E compreende-se o porquê de ainda não a conseguirmos trazer, mas também não se compreende porque não conseguimos trazer até agora, já é altura e o momento é este!

O conflito entre a Cultura e a política não abafa esta empreitada?
Nunca houve conflito entre a Cultura e a Política, aliás não existem duas coisas, há apenas uma.

Em relação a Nação, Nguxi defende que somos uma nação com vários estados, mas o Executivo Angolano estabeleceu uma lei que usurpou os poderes das autoridades tradicionais, o que tem a dizer?
Nego o que estás a dizer, porque estou no Governo de Angola, exercendo até pouco tempo a função de Director Provincial da Cultura do Moxico e na fusão, sou chefe do departamento da Cultura, Arte e Património Histórico, sou pesquisador e falo com os Reis.

O que tem constatado em relação ao poder das autoridades tradicionais?
Só no Moxico, vou dizer-lhe que o Presidente da República, João Lourenço, recebeu três Reis, nomeadamente: Rainha dos Luvale, Rei dos Lunda e Rei dos Mbunda – o Presidente da República recebeu estas entidades, acompanhados pelo Governador Provincial. Se o Presidente os recebeu é porque reconhece os seus territórios, as suas actuações e são parceiro do Estado. Portanto, o Executivo de Angola não nega os poderes dos mesmos. Quando dissemos uma só nação, confirma-se que estes Estados fazem parte de uma só nação. Por isso, digo que nunca houve conflito entre Cultura e Política, já que não existe uma coisa sem a outra. A política é Cultura: você faz política sobre um homem, tanto dos diferentes géneros, velhos, jovens e crianças. E faz-se política sobre as necessidades desta pessoa, as quais são culturas que se ramificam em vários sentidos como a Defesa, Política, Economia e outra. A necessidade do ser humano é Cultura, assim governar é gerir a Cultura.

É tempo de ter a Cultura no País a inspirar a verdade da História de Angola, ainda não o fizemos e é urgente para o presente estado da Nação

Pode explicar melhor?
Nós tivemos momentos que tínhamos de priorizar a Luta contra o Colonialismo, mas o que não estamos a falar é a seguinte verdade: antes da Europa chegar ao território, hoje chamado República de Angola, já havia um território, que não tem as limitações actuais, eram outras e mais alguma parte, ainda assim este território já se chamava N’gola. Antes do encontro entre os europeus e os N’golas, que somos todos nós, já o Povo Africano, incluindo o N’gola, havia tido encontro com estes no Mediterrâneo. Ao descermos para este território, nós viemos preparados e conscientes para a chegada, há qualquer altura, dos europeus com os quais já tínhamos tido contacto no Mediterrâneo. É tempo de ter a Cultura no País a inspirar à verdade da História de Angola, ainda não o fizemos e é urgente para o presente estado da Nação.

Isto é uma filosofia ou uma realidade?
É um facto! É um facto inegável e vai ser testado agora cientificamente, não serei o primeiro, talvez seja a primeira vez que será discutido em Angola, apesar disso é um facto científico natural. É simples perceber que não conseguimos viver sem a água, ou seja, somos influência directa da água potável, vivemos à margem dos rios. Por conseguinte, quando falamos do rio Nilo, no Mediterrâneo, temos de lembrar que este nasce aqui, no Tanganica, no Leste do ex-N’gola, que actualmente é a Zâmbia.

Há factos humanos que são muito ocultos, por exemplo, na Líbia e na Síria, onde há comunidades negras cuja cultura é do Centro de África, de Tanganica

Está a referir-se do reino do Congo?
Exacto! Nós partimos para o Mediterrâneo e de lá, começamos a voltar e tivemos várias conferências ao longo do percurso do rio Nilo e espalhamo-nos nos vários cantos deste território – uns no espaço entre Nilo e Congo; outros, entre os espaços Nilo e Zambeze e ainda outrem, entre Zambeze e Congo, quer dizer que somos um só. Há factos humanos que são muito ocultos, por exemplo, na Líbia e na Síria, onde há comunidades negras cuja cultura é do Centro de África, de Tanganica. A Ciência quer dizer que estes povos apareceram, na época da Escravatura? Não é verdade! Não havia escravatura como conhecida hoje, quando estes foram para lá. Ou melhor, foram para lá seguindo o rio, desde o Tanganica até ao Mediterrâneos.

Então, não concorda com o Comércio Triangular da Rota de Escravo?
Nós os seres humanos queremos justificar, de tempo em tempo, algo que sentimos e daqui a 10, 50 ou 100 anos, talvez esteja errado. Neste momento, estou a contrariar quem esteve errado há 10 anos. Contudo, os factos são os seguintes: todo nós, reagimos a alguma coisa, pois a humanidade continua a ser construída sobre aquilo a que chamamos escravatura ou colonialismo, o que não é verdade. O que houve, é uma permuta, uma intensidade e uma reacção à necessidade. A Europa não se construiu apenas com europeus, assim como a África, ou seja, só com africanos e isto não tem nada a ver com escravatura e colonialismo, tem a ver com o reagir da nossa necessidade. Agora, as políticas façam comércio, lancem projecto, dêem nomenclatura, como eu chamo “Imoshi, we are one” e alguém chamou isto de escravatura.

Pode ser mais claro em relação a este nível de discernimento?
Veja que há tanto sangue de europeus enterrados em África, como há tanto sangue de africanos enterrados na Europa. Quando se fala de escravatura, dá-nos a impressão que só houve prejuízo em África com relação a Europa: temos corpos de europeu enterrados aqui (África). Prefiro não acreditar na escravatura, mas numa permuta de interesses globais, que nos faz cada vez mais humanos e fazer-nos perceber que um dia, nos vão rir de que durante um tempo usamos passaporte. Esta fase quando chegar, vão perceber que não houve escravatura. Mais uma vez digo, até posso estar errado, é um facto que permitiu a humanidade crescer, porque houve interesses de atender necessidades, isso aconteceu com Angola. Portanto, desses grupos que desceram, houve um grupo que se estabeleceu cá e formou várias conferências num determinado lugar, que hoje estou a defender e não estou sozinho.

Quando digo recente, é  acerca de 900 anos, que  foi a Conferência de Kawewe, no território do Império Lunda, que foi coordenada pelo N’gola Kiluanje

De que grupo se trata?
Os N’golas. Se fores para o Sudão, vais encontrar cidades como N’gola ou Ndongola. Fomos nós que íamos descendo e chegamos até aqui, contornando o lago Tanganica, o Dilolo e entramos neste território e tivemos várias conferências. E uma das mais recentes, quando digo recente, é acerca de 900 anos, que foi a Conferência de Kawewe, no território do Império Lunda, que foi coordenada pelo N’gola Kiluanje – é preciso perceber que N’gola não é um nome, é um título.

E quais são as entidades que podem determinar neste trabalho?

São várias entidades que assumem estas personagens, reconhecidos por vários procedimentos do Reino. N’gola Kiluanje esteve em Kawewe e foi nestas conferências que se definiram as linhagens os quais se distribuíram pelo território. Estas linhagens, deram origens as línguas que se falam em Angola, nomeadamente dos Ovimbundos, os Tchokwé, os Bakongos e outros. Se reparares que a língua que se fala no interior do Kassai-Congo, não é a mesma, embora semelhante, que se fala no exterior deste território, apesar de sermos nós, que permanecemos neste lado e uns, contornaram o outro lado. As línguas que se falam no interior Kasssai-Congo são línguas N’golas como o kikongo, o kimbundu, o tchokwé e outras, sendo que têm origens no Kawewe. Assim, Angola tem origem, no território que se definiu depois.

O Português é minha língua porque me custou sangue, eu confisquei esta língua e tenho orgulho de falá-la

Quando você define linhagens e povos, enquanto africanos, e vem um outro irmão de um planeta (continente) que tem interesse em pôr barragens comerciais ou uma república, é porque houve pacto, entendimento humano ou parceria. O Português é minha língua porque me custou sangue, eu confisquei esta língua e tenho orgulho de falá-la, nem tenho problema com os portugueses e são bem-vindos, pois eu vou para Portugal à vontade. Mas, não quer dizer que eu seja inferior ou superior ao português, nós somos iguais. Essa é a actualidade que deve ser revelada, é a mentalidade que N’gola (angolano) deve ter e a política entra aí, ela insiste em dizer aos africanos que fomos colonizados, enquanto escondemos a História.

Acha que tem havido fraca percepção ou leitura da história?
Quando se persegue a profundidade da História, vamos ver que houve permuta. Por exemplo, Portugal, no caso de Angola, ganhou muito connosco e nós ganhamos com eles, somos parceiros. Resultados é que hoje temos Governos com diplomacias, direitos iguais. Então, onde está a escravatura? Angola precisa de compreender isto. Depois, podemos ir aos palcos para cantar à vontade, porque vais cantar pejorado? Temos de ter calma e vir buscar a verdade, pelo qual estou engajado até hoje, em trazer a verdade a favor da humanidade e não contra alguém; a favor, sobretudo, de N’gola Kiluanje, que sai de Kawewe até ao Muculo-Angola, Kitexe e Huíla. Ele trabalhou da mesma forma que Ekwikwi, Mandume, Mwatchissengue, Mbandi ya Ngola, Jinga Mbandi, Holden Roberto, Agostinho Neto, Jonas Savimbi, José Eduardo dos Santos, João Lourenço e tantos outros N’golas anônimos e destacados no comando dos movimentos mais activos da revolução e consagração da história política, cultural e humanista de Angola. Mas Ngola Kiluanje Kya Samba é o relevo mais alto da história de Angola, pois  a história queria que fosse o Patrono da Nação, não haja dúvidas, nós somos N’gola.

De que forma este trabalho será feito?
Hoje em dia, a comunicação é uma instituição, um projecto e um negócio ao mesmo tempo, pois temos apenas de estruturar o pensamento em formato ideal para a compreensão dos outros. Então, temos projectos, filmes, documentários, workshop, parceria com os governos africanos, do globo e de Angola. Ainda temos a instrução da União Africana, que é “Repensar África”, os laços que nos unem e foi adoptado pela SADC, onde Angola é membro desta organização. Portanto, o nosso País permite que possamos repensar a nossa História e pôr ao desafio científico. E vou-lhe garantir, concretamente ao nosso projecto “Weza Angola”, o qual está lançado em Angola, é um projecto segmental – um projecto Imoshi, da SADC e no País chama-se “Weza Angola”, tem estado a ser bem-recebido pelo governo de Angola e a comunidade científica. Enquanto estivemos no Moxico, pesquisamos esta província mais profundamente e conseguimos encontrar o seu contributo para Angola e para África, temos trazido isto nos debates com as universidades e institutos como o ISCED de Luanda, Jean Piaget e com as fundações como a Sagrada Esperança, BAI e Centro de Imprensa Aníbal de Melo, que vai lançar agora o “Hanohene”, onde haverá debates com figuras renomadas da Literatura histórica angolana como a Dra. Rosa Cruz, Dr. Peterson, Patrice Bantsíkama e outros. Estamos a discutir hoje sobre a verdade que se deve colocar sobre a origem de Angola.

Quando diz temos, está a referir-se do Governo Provincial, Central ou de Nguxi, enquanto patrono da Akwafrica?
Sou o patrono e fundador da Akwafrica, Weza Angola e de Imoshi. Resultados destes trabalhos, fui parar ao governo da província do Moxico, onde a convite do governador Gonçalves Muandumba, deu-me a liberdade para trazer uma proposta para Cultura: apresentamos a proposta “Hanohene”, que foi aprovado pelo Conselho Provincial da Cultura e do governo provincial, liderado pelo Sr. Gonçalves Muandumba. Este projecto trouxe esta novidade do Kawewe, que durante as pesquisas e consequentemente, juntou-se ao Weza Angola. “Hanohene” teve em Junho a coragem de convidar o Weza Angola e Imoshi. E neste mês, foram oito activistas da SADC à Moxico, nomeadamente da África do Sul, Namíbia, Angola, Botswana, Swazilândia, Lesoto, Moçambique e Zimbábue, onde viajamos de helicóptero, com apoio das Forças Armadas e estudamos a questão do Kawewe, porque houve lá uma travessia que cruzou Angola até Namíbia, Zimbábue, Botswana, Moçambique, Congo e Zâmbia. Neste caso, os oito países assinaram a declaração de Kawewe, com uma travessia com interesses antropológicos internacionais.

Para que efeito foi feito este trabalho?
Apresentamos agora isto e estamos a trabalhar com a direcção Nacional da Cultura, na pessoa do Dr. Euclides da Lomba. Não nos esqueçamos que o projecto “Weza Angola”, que faz parte destas pesquisas, foi aprovado em declaração escrita pela ministra da Cultura, Dr. Carolina Cerqueira, e pelo Ministério da Administração do Território. Estamos com o Executivo de Angola, neste sentido. Ou seja, Tony Nguxi, enquanto artista e investigador, produziu um projecto que fez parceria com o Governo. Essa parceria está da seguinte maneira: Imoshi está com a SADC; Weza Angola, com o Governo de Angola e a Hanohene com o governo do Moxico. Este pacote encerra um conjunto de justificações que nos leva a defender a nossa tese com vários cientistas do nosso País nos próximos dias.

Isto não cria conflito com a sua função, enquanto director provincial?
Daí, disse que não há conflito entre a Cultura e Política, porque é interesse deste trazer a História para ela e é interesse da História ajudar a política. Devo dizer que cada projecto tem um apoio, por exemplo o “Hanohene” é apoiado pelo Governo do Moxico; Imoshi, pela SADC e Weza Angola, pelos Ministérios da Cultura e do Território. Penso que Povo Angolano tem de acreditar mais nas políticas do Governo: o que se passa, no meu ponto de vista, é que as políticas estão aprovadas, mas não são executadas porque não há actores. E o Governo, aí uma crítica, não tem divulgado o suficiente, as políticas aprovadas para que a sociedade se aperceba e implemente. Assim, o que acontece é que a sociedade fica a chorar (reivindicar) e a pensar que as coisas não estão a ser feitas, mas, pelas leis que já estão aprovadas, ficam a agir como se fossem neo-colonizados quando, na verdade, já estamos independentes. Temos um Governo que reconhece os Estados Reais.

PERFIL:
António José Augusto, “Tony N’guxi”, é um activista socio-cultural, CEO da Akwafrica Produções, fundador e Presidente Honorário do “IMOSHI – SADC”. Mentor e coordenador Weza Angola Imoshi.

Chefe do Departamento Provincial da Cultura, Artes e Patrimônio Histórico e Director do projecto cultural de investigação científica “HANOHENE”, do Governo Provincial do Moxico.
É autor de vários trabalhos discográficos, documentários televisivos, cinematográficos e obras literárias.
Nascido, no Luena, aos 16 de Agosto de 1967, está casado com Maria Joaquim Muabi e é pai de 5 filhos.

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